Pizzaria nomeia pizza de palmito como "Pau no Mito" e é investigada pelo MPF por campanha antecipada a Lula
O dono do espaço já havia virado notícia na cidade pela campanha incentivando os jovens a tirarem o título de eleitor: quem apresentasse o comprovante ganhava uma pizza da casa.
O restaurante Autêntica Pizza da Lambreta, em João Pessoa, na Paraíba, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por nomear a pizza de palmito como "Pau no Mito”, em referência ao apelido que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem entre seus seguidores. O cardápio foi visto pelo órgão como uma suposta campanha antecipada em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na divulgação do novo sabor, a pizzaria colocou imagens de palhaço, em referência ao 'Bozo', apelidado dado a Bolsoanro pelos seus opositores. O sabor está na promoção e o cupoim de desconto 'pau-no-mito' ainda oferecia 15% de desconto nos pedidos. Além de palmito, a pizza leva tomate cereja, cebola roxa e alho poró.
O dono do espaço, Thiago Ferreira, também é ativista político e já havia virado notícia na cidade pela campanha incentivando os jovens a tirarem o título de eleitor. Na época, quem apresentasse o comprovante ganhava uma pizza da casa.
Em entrevista ao Congresso em Foco, do Uol, o empresário afirmou ser alvo de ataque de apoiadores do presidente. “Quando começamos a nos posicionar como uma empresa anti-establishment e #forabolsonaro, houve uma grande movimentação de bolsonaristas nas redes sociais enviando mensagens agressivas”, narrou.
“No início eram casos isolados, mas chegamos a observar ações organizadas promovidas por perfis de extrema direita para nos intimidar. Houve quem ligasse para nossa pizzaria ameaçando se a gente não retirasse o conteúdo”, completou.
Thiago sempre se considerou de centro e disse estar surpreso ao saber que os membros do Ministério Público Federal não estavam atrás das suas pizzas, mas de investigar as “ações políticas” de sua empresa. A investigação iniciou-se a partir da procuradora Acácia Suassuna, que levou a questão para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
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