MP cumpre mandados contra advogado que extorquiu R$ 110 mil de cliente na Bahia
O homem teria solicitado o pagamento de R$ 50 mil, usando um documento falso de pix e alegou que repassou o valor a um agente público no intuito de obter decisões favoráveis.
Foi cumprido, na manhã desta segunda-feira (30/5), um mandado de prisão e de busca e apreensão de um advogado, no bairro de Patamares, em Salvador. Ele vem sendo investigado por crimes de estalionato, falsificação de documentos e exploração de prestígio.
Os mandados foram cumpridos pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e da 2ª Promotoria de Justiça de Campo Formoso.
De acordo com as investigações, o suspeito exercia atividades cartorárias em um escritório, mas teria se aproveitado do acesso às informações para cometer fraudes contra a vítima, fazendo cobranças indevidas utilizando falsa documentação e solicitando valores se utilizando do pretexto de influir em decisões judiciais.
O homem teria solicitado o pagamento de R$ 50 mil, usando um documento falso de Pix, e alegou que repassou o valor a um agente público no intuito de obter decisões favoráveis. Já os estelionatos consistiriam na cobrança de valores falsamente devidos, a título de tributos e demais despesas processuais.
A vítima devia aproximadamente R$ 5 mil a título de taxas e algumas outras despesas que decorriam de processos da Justiça. No entanto, o advogado teria feito cobranças que ultrapassam R$ 100 mil, por meio de documentos falsos.
A Justiça decretou também o afastamento do sigilo de dados, o afastamento do sigilo bancário e a indisponibilidade dos bens do investigado no montante de R$ 110.693,75, valor equivalente às cobranças indevidas feitas à vítima.
De acordo com informações dos promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), o procedimento investigatório teve início a partir de declarações prestadas na Promotoria de Justiça de Campo Formoso, quando a vítima relatou possíveis crimes de estelionato, uso de documento falso e exploração de prestígio que teriam sido cometidos por suposto advogado, que atuaria na sua defesa.
Entre os meses de novembro de 2021 e janeiro de 2022, o investigado encaminhou à vítima cobranças indevidas que somaram mais de R$ 110 mil.
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