Um policial militar, identificado como Leandro Santos Xavier, acabou demitido por estar envolvido na operação policial que vitimou o artista plástico Manoel Arnaldo dos Santos. Além de Leandro, outros dois PMs receberam sanções disciplinares dentro da corporação, tendo sido submetidos à detenção. A informação foi divulgada pela própria corporação nesta quarta-feira (4/10).
Através das investigações feitas pela Corregedoria, o inquérito concluiu que Leandro não seguiu aquelas que seriam as suas atribuições como policial. "Desvirtuou a finalidade constitucional atribuída ao exercício da função pública e a confiabilidade da população na corporação militar baiana.", destaca a PM.
Todos os envolvidos são lotados na 10ª Companhia Independente de Polícia Militar (10ª/Candeias). Vale ressaltar que estas decisões se referem ao âmbito do processo de investigação da corporação, ou seja, os envolvidos no caso ainda devem responder à justiça e podem ser penalizados em um inquérito civil.
O crime aconteceu em março de 2018 e a vítima tinha 61 anos. Manoel estava dentro de seu ateliê, quando foi surpreendido pelos PMs com um tiros nas costas, no bairro de Santo Antônio.
À época, a versão oficial apresentada foi diferente. De acordo com as autoridades, os policiais receberam um chamado informando que um homem havia invadido uma residência no bairro Santo Antônio. Ao chegarem no endereço informado, as equipes bateram à porta do imóvel e identificaram-se como policiais militares. Contudo, Nadinho teria aparecido em uma das janelas e recepcionado os agentes empunhando e apontando uma arma de fogo contra eles.
Desde o primeiro momento, a população de Candeias, que conhecia o artista e o trabalho realizado por ele há anos, contestou essas informações, fatos que foram comprovados agora, após a finalização da investigação realizada pela própria Polícia Militar da Bahia.