Sindicato promete ir à porta de delegacia para protestar contra investigação de professora acusada de ensinar "teor esquerdista"
Segundo a APLB, a educadora ficou abalada emocionalmente e precisou ser hospitalizada após receber a intimação para comparecer à Dercca, onde foi registrada a ocorrência na última terça-feira (17/11)
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA) organiza para esta quarta-feira (24/11), às 14h30, uma manifestação em apoio à professora de filosofia do colégio estadual Thales de Azevedo, que foi intimada a comparecer na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
A profissional foi acusada de ensinar conteúdos de teor “esquerdista” e de “doutrinação feminista” por uma aluna. Segundo a APLB, a educadora ficou abalada emocionalmente e precisou ser hospitalizada após receber a intimação para comparecer à Delegacia de Repressão a Crimes contra Crianças e Adolescentes (Dercca), onde foi registrada a ocorrência na última terça-feira (17/11).
Para o coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, quarta-feira é um dia de luta e total solidariedade à professora intimada. “O que aconteceu na escola Thales de Azevedo pode acontecer em qualquer escola da Bahia e do Brasil. Por isso, vamos dar um basta! Convocamos os trabalhadores e trabalhadoras em Educação, redes estadual e municipal, estudantes, pais e mães de alunos, a comunidade escolar e a sociedade em geral para juntos defendermos a liberdade de ensinar e aprender”, disse.
Em nota, a APLB informou que repudia veemente à intimação e toda e qualquer tentativa de silenciamento aos docentes e a mordaça à liberdade acadêmica ou autonomia pedagógica.
“Chega de negacionismo! Quarta-feira à tarde a aula vai ser em frente à DERCCA. Vamos todos dizer NÃO à ditadura e a censura. Ninguém vai calar a voz dos educadores e educadoras da Bahia e do Brasil”, destaca Rui Oliveira.
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