Pela primeira vez desde 2002, Salvador deixa de ser o maior PIB do Nordeste
Pela primeira vez desde 2002, Salvador deixa de ser o maior PIB do Nordeste
A cidade de Salvador deixou de ser a maior economia municipal da região Nordeste, pela primeira vez desde 2002, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) da capital baiana foi estimado em R$ 63,5 bilhões, sendo ultrapassado pela cidade de Fortaleza (CE), que apresentou um PIB de R$ 67 bilhões.
Com essa atualização, Salvador caiu de 9º para 10º lugar no ranking dos maiores PIBs municipais do Brasil, considerando todas as 5.570 cidades do país. Quando são consideradas apenas as capitais, Salvador caiu do 8º para o 9º lugar.
Ainda conforme o IBGE, a capital baiana registrou, de uma forma geral, a 8º maior perda de participação no PIB nacional, já que foi de 0,95% em 2017 para 0,91% em 2018. A cidade de São Paulo lidera esse ranking: caiu de uma participação de 10,61% em 2017, para 10,20% em 2018.
No entanto, São Paulo continua em primeiro lugar no PIB nacional, e obteve resultado de R$ 714,7 bilhões em 2018, representando 10,2% de todo o PIB brasileiro e mais de 11 vezes maior do que o de Salvador.
QUEDA
De acordo com o IBGE, as perdas de participação e de posição por parte de Salvador nos PIBs nacional e nordestino, entre os anos de 2017 e 2018, se explicam, em parte, pela retração nominal da indústria na cidade e, de forma mais importante, pela queda de participação nos serviços em geral.
O peso da indústria na economia de Salvador teve recuo de 13,53% em 2017 para 12,54% em 2018. Já o setor de serviços como um todo, (incluindo a administração pública), teve um valor adicional de R$ 48,2 bilhões em 2018, o que representou 87,4% do total gerado pela economia soteropolitana no ano e representando um crescimento nominal de 2,2% se comparado a 2017. Ainda assim, ele foi menor do que o verificado em outros municípios.
MUNICÍPIOS
Em 2018, a Bahia tinha três cidades entre os 100 maiores PIBs municipais brasileiros. Além de Salvador, Camaçari, na Região Metropolitana, estava em 39º (R$ 23,8 bilhões) e Feira de Santana em 68º (R$ 14,7 bilhões) . Em 2017, o município de São Francisco do Conde figurava na 97º posição, e em 2018, caiu para 130º, com retração de R$ 10,1 bilhões em 2017 para R$ 8,9 bilhões em 2018.
Desde 2002, início da série histórica do IBGE, Salvador e Camaçari têm os maiores PIBs da Bahia; e, desde 2004, Feira de Santana ocupa a terceira posição. Considerando apenas o PIB de municípios baianos, Luís Eduardo Magalhães (R$ 6,2 bilhões) ultrapassou Simões Filho (R$ 5,8 bilhões) e passou a ser a 7ª maior economia do estado. Barreiras subiu do 10º para o 9º lugar (R$ 4,7 bilhões) e Candeias (R$ 4,4 bilhões) entrou no grupo, avançando de 11º para 10º. Por outro lado, Itabuna (R$ 4,1 bilhões) deixou o “top 10”, caindo de 9º para 13º lugar, entre 2017 e 2018.
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