Novo assessor especial da prefeitura de Salvador foi cassado por esquema de cheques sem fundo
Novo assessor especial da prefeitura de Salvador foi cassado por esquema de cheques sem fundo
As mudanças promovidas por ACM Neto na estrutura da prefeitura de Salvador trouxeram à tona um personagem controverso para o cargo de Assessor Especial III, da subchefia do gabinete do democrata. Rosalvo Jonas Borges Sales (PV), que agora substitui Ângelo Mário Peixoto de Magalhães Neto, é ex-prefeito de Amargosa com um currículo marcado por denúncias de corrupção, fraudes em licitações e até uma cassação promovida pela Câmara de Vereadores da cidade, em 2003.
A principal delas, no entanto, teve impactos profundos no comércio da cidade e criou até um estigma para os cidadãos amargosenses. Rosalvo respondeu a um processo do Ministério Público por emissão de 1.163 cheques sem fundo em nome da prefeitura municipal. Por conta deste episódio, no auge da denúncia, fornecedores de outras cidades se recusavam a receber cheques dos comerciantes locais temendo um possível golpe.
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O político também foi acusado de manter uma conta para recebimento de doação não declarada em campanha, aberta no Banco do Brasil, em maio de 2001 — o chamado ‘Caixa Dois’, hoje amplamente investigado e combatido na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Antes de ser cassado pelos vereadores, há 14 anos, Rosalvo chegou a ser afastado pelo MP até que se concluísse as investigações. No período, o então deputado federal ACM Neto (que integrava o PFL, sigla que sucedeu o atual Democrata) fez uma defesa enfática de Rosalvo, elogiando sua gestão e honradez.
Em 2004, a Revista Veja produziu uma reportagem sobre prefeitos de cidades do interior que desviaram, juntos, mais de R$ 20 bilhões por ano do tesouro público. Entre os citados, estava Rosalvo Borges. O título de capa da publicação era “Uma Praga Nacional”.
Nas eleições do ano passado, Rosalvo disputou as eleições e tentou voltar ao comando da cidade, mas foi derrotado por Júlio Pinheiro (PT), por uma diferença de mais de dois mil votos.
Em contato com nossa reportagem, o advogado do ex-prefeito de Amargosa disse que enviará uma resposta sobre os fatos levantados nesta publicação. Tão logo for enviado publicaremos no Aratu Online.
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