Mulheres brigam por assento preferencial em ônibus e passageiros intervêm; vídeo
Situação ocorreu no Largo de Roma, na Cidade Baixa
Uma briga entre duas mulheres dentro de um ônibus foi registrada por passageiros, na manhã desta terça-feira (2/4), em Salvador. A situação ocorreu nas proximidades do Largo de Roma, em um coletivo que fazia a linha Federação x Bonfim.
A discussão teve início quando uma das mulheres, identificada como Patrícia, se recusou a levantar de um assento preferencial para dar lugar à outra mulher, identificada como Ana Cláudia, mãe de duas crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Nas imagens, é possível ver que Ana Cláudia se exalta e se aproxima de Patrícia, que está sentada no assento preferencial e empurra o rosto da outra passageira. Elas tentam se atacar, mas dois homens intervêm. Veja abaixo:
https://twitter.com/aratuonline/status/1775269067416560101
A Polícia Militar (PM) foi acionada e, depois do ocorrido, as mulheres foram encaminhadas para a 3ª Delegacia Territorial (DT/Bonfim), onde foi registrada uma ocorrência de lesão corporal. A mãe das crianças com TEA, identificada como Ana Cláudia, foi entrevistada pela repórter Larissa Baracho, da TV Aratu.
Segundo a mãe, ela estava a caminho da terapia de um dos filhos e depois seguiria com a família para um evento no Parque da Cidade, no bairro do Itaigara, do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado neste 2 de abril.
"O pessoal do ônibus gritou para ela liberar o lugar para a mãe com as crianças. Ela infelizmente fingiu que não estava vendo, falando coisas absurdas, que eu não sabia com quem ela estava mexendo", contou Ana Cláudia.
A dona de casa Judery Andrade estava no ônibus e acompanhou a situação. "A criança queria ficar com a mãe e ela [Patrícia] não queria dar lugar, disse que o lugar era dela".
OUTRA VERSÃO
Patrícia contou a versão dela da situação para o repórter Marcos Henrique, da TV Aratu. A mulher disse que tem inúmeros problemas de saúde, a exemplo de reumatismo e hérnias, e que não pode fazer esforço por isso. "Aquela cadeira acolchoada é apropriada para mim. Nunca tive problema ali", disse.
Segundo Patrícia, ela estava no transporte junto com o filho - que estava sentado em outro banco - para fazer a matrícula na faculdade. "Meu filho disse que ela [Ana Cláudia] já entrou procurando confusão com o cobrador. Tinha várias outras cadeiras desocupadas, mas ela veio na minha direção. O ônibus não estava cheio, encheu depois", relatou ao repórter.
De acordo com ela, a mãe da criança passou a ofendê-la, mas só percebeu pouco depois. "Virei e perguntei: 'a senhora está falando comigo?', aí ela disse 'é com você mesmo!' e começou a me agredir, me cuspindo e [se aproximando] com o rosto vindo pra cima de mim, metendo o dedo em minha cara... Eu meti o dedo na cara dela, também, aí ela entortou meu dedo, e disse pro povo que ia me dar porrada", acrescentou.
Patrícia falou, ainda, que a mulher bateu em seu rosto várias vezes e rasgou sua roupa. "Pode fazer corpo de delito nela. Ela não foi agredida", completou.
Confira a reportagem do Aratu Agora:
https://www.youtube.com/watch?v=0GWovQSzdFk
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