Jequié a cidade onde a polícia mais mata no Brasil, indica Anuário de Segurança Pública

Em 2022, o município foi o que mais registrou mortes violentas intencionais no país (proporcionalmente)

Por Juana Castro.

Jequié a cidade onde a polícia mais mata no Brasil, indica Anuário de Segurança PúblicaArquivo/Divulgação/Jequié

A cidade de Jequié, no centro-sul da Bahia, possui a polícia que mais mata no Brasil. Isso é o que aponta o Anuário da Violência, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta quinta-feira (18/7). Em 2022, o município foi o que mais registrou mortes violentas intencionais (MVI) no país (em termos proporcionais, para cada 100 mil habitantes).

Além da "Cidade Sol", como Jequié é conhecida - que registrou uma taxa de 46,6 mortes decorrentes de intervenção policial a cada 100 mil habitantes -, as cidades de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro (taxa de 42,4) e Macapá, capital do Amapá (taxa de 29,1) completam o "top 3" de letalidade policial no país.

No "Top 10", no entanto, figuram outros quatro municípios baianos, incluindo a capital, Salvador. Veja abaixo:

1º - Jequié (BA) - 46,6 2º - Angra dos Reis (RJ) - 42,40 3º - Macapá (AP) - 29,1 4º Eunápolis (BA) - 29 5º Itabaiana (SE) - 28 6º - Santana (AP) - 25,1 7º - Simões Filho (BA) - 23,6 8º - Salvador (BA) - 18,9 9º - Lagarto (SE) - 18,7 10º - Luís Eduardo Magalhães (BA) - 18,5

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SALVADOR

Salvador é a segunda capital brasileira com mais mortes violentas intencionais a cada 100 mil habitantes, segundo o anuário. A capital baiana fica atrás apenas do Macapá (AP).

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De acordo com o documento, a taxa de mortes violentas intencionais em Salvador, ano passado, foi de 61, enquanto em Macapá a taxa foi de 71. As MVI contemplam mortes de policiais civis e militares em situações de confronto, além de mortes decorrentes de intervenção policial (em serviço e fora de serviço).

Comparando com 2022, no entanto, Salvador apresentou redução no total de MVI – de 65,2 para 61,0, o que representa uma diminuição de 6,5%. A diferença é acima da média nacional (3,4%).

Por outro lado, em números absolutos, a capital baiana supera todas as outras, com 1.474 mortes violentas intencionais registradas em 2023. Em 2022 foram 1.577.

BAHIA

A Bahia apresentou redução de 1,3% no número de mortes violentas entre 2022 e 2023, mas a melhora nos parâmetros está abaixo da média nacional, de 3,4%. Conforme o levantamento, a Bahia caiu da primeira para a segunda colocação no ranking graças ao aumento de 39,8% identificado no Amapá, novo líder da classificação de estados mais violentos.

O estudo aponta que, em 2023, foram 6.578 casos, em números absolutos, o que representa taxa de 46,5 casos a cada 100 mil habitantes. No Amapá, esta taxa é de 69,9%. O Amazonas fecha o pódio, com 40,2.

Em 2022, o estado identificou 6.663 casos de mortes violentas, que correspondem à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora. A taxa, na ocasião, foi de 47,1 mortes a casa 100 mil habitantes.

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