Homem é preso em Camaçari após estuprar e obrigar mulher a se prostituir
O inquérito foi aberto em janeiro deste ano, em Belo Horizonte, capital mineira, após a vítima fazer uma denúncia
Um homem foi preso na cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, por crimes sexuais contra uma mulher mineira. A prisão foi efetuada pela Polícia Civil de Minas Gerais.
Segundo informações da polícia, o homem de 34 anos explorou a vítima desde 2020. O suspeito, denunciado por estupro, também obrigava a mulher, de 38 anos, a se prostituir e a filmar as relações sexuais com os clientes. Os vídeos, de acordo com o jornal Correio, eram vendidos em sites de pornografia.
O inquérito foi aberto em janeiro deste ano, em Belo Horizonte, capital mineira, após a vítima fazer uma denúncia.
“Ao acionar a Polícia Civil, a mulher relatou que em setembro de 2020 ela foi morar na cidade de Camaçari e na época foi procurada pelo investigado, via WhatsApp, oferecendo à vítima a possibilidade de fazer fotos nuas sem a divulgação do rosto dela. Diante da fragilidade emocional e também necessitando do dinheiro, ela acabou aceitando fazer as fotos, pensando que receberia o dinheiro e encerraria esse ‘contrato’. Porém, esse empresário que se passava por mulher para ganhar a confiança da vítima, de posse do material, começou a ameaçá-la, divulgando esse conteúdo”, detalhou a delegada responsável pelo caso, Larissa Mascotte.
O homem também espionava as atividades da mulher por meio de um aplicativo espião instalado no celular da vítima, como explica a delegada: “Em um encontro presencial, o investigado comete um estupro, filma o crime, reunindo mais material pornográfico da vítima, e intensifica as ameaças. Ele ainda pega o celular dela, instala um aplicativo espião e passa a exercer total controle da vida da mulher. Ele teve acesso a chamadas telefônicas, mensagens, aplicativos, redes sociais, localização, inclusive a escuta ambiental, da vítima”.
Além de ser obrigada a se prostituir, a vítima não recebia nada pelo trabalho. “Com cem por centro de controle sobre ela, o suspeito começou a fazer da vítima uma escrava sexual, obrigando-a a fazer programas sexuais com outras pessoas, sem repassar qualquer valor para ela”, relatou a delegada.
Mesmo após voltar para Minas Gerais, ela continuava sofrendo ameaças do abusador, como contou Larissa Mascotte. “Além de não receber pelos programas sexuais, ele exigia parte do salário dela em troca de ter as vidas dela e da família preservadas. E, quando ela tenta se rebelar contra a situação, ele fala para ela se matar e a todo tempo induz a mulher a suicídio”.
Os agentes de mineiros ficaram quatro dias na Bahia para conseguir cumprir o mandado de prisão. O agressor, que já foi investigado e indiciado em 2016 por aliciar e escravizar sexualmente cerca de 40 mulheres na Bahia, está preso e aguarda julgamento.
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