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Estudante diz ter sofrido homofobia por seguranças de shopping; "me encurralou na pia"

Estudante diz ter sofrido homofobia por seguranças de shopping; "me encurralou na pia"

Por Da Redação

Estudante diz ter sofrido homofobia por seguranças de shopping; "me encurralou na pia"divulgação

O estudante Jeferson Campos, de 24 anos, disse ter sido vítima de homofobia dentro de um banheiro na manhã do último sábado (11/1), no Shopping Barra, em Salvador. No Instagram, ele relatou ter sofrido agressões físicas e verbais por funcionários do estabelecimento.


"[Um dos funcionários] gritava aos quatro ventos que estava sobrando mulher porque os homens estavam "tudo dando a bunda". E repetidas vezes chamavam os gays de 'viados da desgraça'", sustentou na publicação. Ofendido com o bate-papo dos rapazes, Jerferson entrou na conversa. "Perguntei a ele qual era o problema dos homens 'darem a bunda' e o que ele tinha a ver com isso".  Foi nesse momento que a agressão teria ocorrido.


"O cidadão me encurralou na pia do banheiro, pôs os dedos no meu rosto em formato de uma arma e gritou dizendo que eu era um 'viado', 'pau no **' e que ia me quebrar na porrada". Jeferson ainda argumentou que procurou a administração do shopping e, mais uma vez, foi vítima de homofobia.


"Conversei com o coordenador da segurança e ele me disse que eu poderia ter evitado isso. Ele disse que se escutar alguém dizer que não gosta de preto, que escutaria e iria embora, tentando colocar pano quente na situação."


VEJA: 





 


 

 



 



 



 

 

 



 

 



 

 

 



Hoje, sábado, por volta das 10:00 no banheiro masculino do L2 do @shoppingbarra , tinha dois caras conversando sobre a homossexualidade. Um deles trabalhava na higienização do banheiro, funcionário da empresa MAP que presta serviço ao shopping. O outro não conhecia até o momento. Este último gritava aos quatro ventos que estava sobrando mulher porque os homens estavam "tudo dando a bunda". E repetidas vezes chamavam os gays de "viados da desgraça ". Ora, sabemos que homofobia é crime. Por esse motivo ele não podia exprimir tal crime de maneira livre e num local público. Há um limite para a liberdade de expressão. O direito de um começa quando o do outro acaba. Até porque pessoas poderiam se ofender. Como foi o caso. Eu, enquanto gay, me identifiquei como tal e perguntei a ele qual era o problema dos homens "darem a bunda" e o que ele tinha a ver com isso. Disse que ele estava me ofendendo e ofendendo pessoas semelhantes a mim, e que homofobia era crime. O cidadão me encurralou na pia do banheiro, pôs os dedos no meu rosto em formato de uma arma e gritou dizendo que eu era um "viado", "pau no cu" e que ia me quebrar na porrada. Foi terrível! E, como se não bastasse, ele disse que nós, os homossexuais, estávamos cheios de razão e direitos. Procurei a administração do Shopping Barra, conversei com o coordenador da segurança e ele me disse que eu poderia ter evitado isso. Usou como exemplo o fato de sermos negros e de sofrermos racismo. Ele disse que se escutar alguém dizer que não gosta de preto, que escutaria e iria embora, tentando colocar pano quente na situação. Imaginem. Naturalizando o racismo e a homofobia. Então os homossexuais que foram assassinados poderiam ter evitado? Nos vários casos de feminicídio, as mulheres vítimas poderiam ter evitado? A postura desse senhor só reforça a cultura de sempre culparem a vitima. Posteriormente, através do funcionário da higiênização que estava na situação soube que o cara que me agrediu e me ameaçou era segurança do próprio Shopping. Como um shopping que contrata um profissional para oferecer segurança permite esse tipo de postura? Num espaço onde o público é diverso, onde há uma predominância da comunidade LGBTQIA+


Uma publicação compartilhada por Príncipe de Wakanda ?? (@jefersoncamp) em







O Shopping Barra, na mesma rede social, disse que "repudia qualquer forma de precondeito e discriminação" e informou que a ação não reflete o seu pensamento. "Por isso, pedimos desculpas". 


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