Audiência de major acusado de matar esposa dentro de escola acontece na próxima semana
Audiência de major acusado de matar esposa dentro de escola acontece na próxima semana
A audiência de instrução do major do Corpo de Bombeiros Valdiógenes Almeida Cruz Junior acontece na próxima segunda-feira (23/7) em Salvador. O oficial é acusado de assassinar a esposa, Sandra Denise Costa Alfonso, 40 anos, dentro de uma escola no bairro de Castelo Branco. O crime aconteceu em maio de 2016.
De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Valdiógenes continua preso. A audiência de instrução é uma das partes mais importantes do julgamento. Na prática, é quando a Justiça ouve as testemunhas de acusação e defesa, além de interrogar o réu. O local onde isso vai acontecer não foi divulgado pelo Tribunal de Justiça baiano.
O magistrado tem pelo menos quatro opções após a audiência de instrução: decisão de pronúncia, decisão de impronúncia, absolvição sumária, além de ele mesmo poder declarar que o processo não é de competência do júri. Abaixo, detalhamos todas as opções que o juiz pode tomar no caso do bombeiro militar.
O CASO
Era manhã de sexta-feira, 13 de maio, quando o então subcomandante do Terceiro Grupamento do Corpo de Bombeiros pulou o muro da Escola Municipal Esperança de Viver e assassinou a vítima com diversos tiros. No final do mesmo dia, Valdiógenes se apresentou no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Na delegacia, ele entregou a pistola ponto 40 utilizada no crime e assumiu a autoria do assassinato, alegando como motivação ciúmes, depois de uma discussão conjugal por possível traição. O depoimento foi prestado ao então coordenador da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), Marcelo Sansão.
Na época, todas as testemunhas confirmaram a versão do major de que ele atirou na mulher quando os dois estavam sozinhos dentro de uma sala da unidade escolar, onde, além de professora, Sandra Denise era vice-diretora. No mesmo mês em que o assassinato aconteceu, o governador da Bahia, Rui Costa, exonerou o oficial do cargo.
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Em julho ainda de 2016, o juiz Moacyr Pitta Lima Filho, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, chegou a suspender o processo após pedidos dos advogados do suspeito. Os defensores contestaram a sanidade mental de Valdiógenes. Após exames do Hospital de Custódia e Tratamento do Estado da Bahia (HCT), o processo teve continuidade.
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*Publicada originalmente às 15h24 (16/7)