Após cenas de violência em Salvador, rede Carrefour vai exigir câmeras corporais em seguranças
No dia 5 de maio, um casal foi vítima de agressões na unidade do Carrefour do bairro de São Cristóvão, em Salvador
Após repetidos atos de violência praticados por seguranças da rede de supermercados Carrefour, a empresa informou que vai passar a exigir que os profissionais usem câmeras corporais nos uniformes. Neste momento, o grupo afirma que está reestruturando as equipes de segurança das lojas.
No dia 5 de maio, um casal foi vítima de agressões na unidade do Carrefour do bairro de São Cristóvão, em Salvador. Vídeos gravados pelos próprios seguranças viralizaram nas redes sociais logo após o ocorrido. As vítimas, identificadas como Jamille e Jeremias, foram agredidos por seguranças do estabelecimento por furtarem dois pacotes de leite em pó para a filha deles.
Em certo momento, quando Jamile tenta se proteger do espancamento, um dos seguranças a xinga: “Tire a mão, sua desgraça”.
Em nota, o Carrefour disse que as imagens de segurança do mercado estão à disposição da polícia. Ainda segundo a empresa, os seguranças envolvidos na ação foram desligados. Além disso, a rede de supermercados também informou que registrou uma denúncia de agressão e lesão corporal à Polícia Civil. Confira a nota na íntegra:
Assim que tomamos conhecimento do caso lamentável, empenhamos de forma imediata todos os esforços para apurar o ocorrido e tomar todas as medidas cabíveis. A primeira delas e fundamental foi, de forma proativa, realizar uma denúncia de agressão e lesão corporal à Polícia Civil, para que esse crime inaceitável seja rigorosamente apurado. Esta denúncia foi registrada eletronicamente, com número de protocolo 2023/0000257096-0, e encaminhada à 12ª Delegacia Territorial – Itapuã. Esta medida reforça o nosso compromisso de sermos incansáveis no combate a qualquer tipo de violência.
Em um vídeo que mostra o fato, é possível identificar que o agressor tem uma tatuagem na mão. No avanço das nossas investigações internas, apuramos que nenhum profissional direto ou indireto que atua na unidade tem essa tatuagem. Mesmo assim, não podemos aceitar que um crime como esse tenha ocorrido em nossas dependências. Por isso, ontem mesmo desligamos a liderança e equipe de prevenção da loja. Reforçando nossa tolerância zero com a violência, inclusive nos cargos de gestão. Além de rescindir o contrato com a empresa responsável pela segurança da área externa, onde a violência ocorreu. Assumimos a nossa responsabilidade e tomamos medidas rápidas e duras.
É inadmissível que qualquer pessoa seja tratada desta maneira. É um crime, com o qual não compactuamos. Estamos buscando o contato da Jamille e do Jeremias para nos desculparmos pessoalmente, além oferecer suporte psicológico, médico ou qualquer outro apoio necessário.
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