Após ataques com arma de fogo, atirador de Aracruz almoçou com a família e foi para uma casa de praia
De acordo com o delegado, os pais ficaram sabendo dos ataques e comentaram com o filho, que não contou ser o responsável pelas mortes
Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (28/11), a Polícia Civil do Espírito Santo revelou que o atirador que atacou duas escolas na cidade de Aracruz, a 85 km de Vitória, matando quatro pessoas e ferindo outras 12, almoçou e foi com os pais para uma casa de praia pouco depois do crime. As informações são do SBT News.
Segundo o delegado João Francisco Filho, após o ataque, o adolescente de 16 anos voltou para casa, guardou as armas e roupas que usou para cometer os crimes e esperou pelos pais, que estavam fazendo compras em um supermercado. Ainda de acordo com o delegado, o jovem agiu naturalmente na presença dos familiares.
"Ele voltou para casa, em Coqueiral, pegou todos os objetos que usou na ação e guardou para que os pais não desconfiassem que ele tinha usado. Colocou tudo onde estava e ficou no interior da casa como se nada tivesse acontecido. Os pais chegaram e ele agiu naturalmente", detalhou o policial.
De acordo com o delegado, os pais ficaram sabendo dos ataques e comentaram com o filho, que não contou ser o responsável pelas mortes. Na sequência, eles almoçaram e foram para uma casa de praia da família, local em que o adolescente foi preso por volta das 14h10. A invasão na primeira escola aconteceu por volta das 09h30.
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O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, explicou que o pai do adolescente, que é tenente da PM, vai ser investigado em um processo disciplinar. Eles vão apurar se o pai facilitou o acesso do jovem às armas.
"Está sendo instaurado hoje um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias na qual o autor teve acesso às duas armas dele, uma da corporação e uma de registro pessoal", garantiu Caus.
Até o momento, quatro pessoas, três professoras e uma estudante, foram mortas no atentado a duas escolas, a Escola Estadual Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral, um colégio particular. Cinco pessoas seguem internadas.
RELAÇÕES COM O NAZISMO
Cerca de 4 horas após cometer o crime e fugir de carro, o atirador, um jovem de 16 anos e ex-aluno de uma das instituições, foi encontrado. A Polícia chegou até a identidade do assassino por meio de pesquisas sobre o carro utilizado por ele, um Renault Duster dourado. Ele é filho de um policial militar e usava um símbolo nazista nas roupas no momento em que invadiu as escolas, feriu 13 pessoas e assassinou 3.
Durante uma entrevista coletiva, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), falou que o uso do símbolo nazista já está sendo investigado.
"Ele carregava na sua roupa camuflada um símbolo da suástica. A investigação que vai dizer, mas estamos destacando a existência do símbolo. Alguns jovens têm interação, comunicação com grupos violentos e até nazistas do mundo todo".
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