Óleo, arroz e tomate elevaram preços em todo o Brasil durante setembro, diz IBGE

09/10/2020 20h23Atualizado em: 09/10/2020 20h32

Antônio Cruz/Agência Brasil

As despesas com alimentação e bebidas ficaram 2,28% mais caros em setembro. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número, divulgado nesta sexta-feira (9/10), é três vezes maior do que o aumento registrado em agosto, de 0,78%.

Entre os produtos com maiores aumentos de preço estão o óleo de soja (27,54%) e o arroz (17,98%). O tomate teve alta de 11,72%; o leite longa vida, 6,01%, e as carnes, 4,53%. Segundo o Governo Federal, a comida foi a principal responsável pela inflação oficial no mês, de 0,64%. A alta dos alimentos ocorreu principalmente por causa da refeição dentro do domicílio, que subiu 2,89%.

Como o dolar está alto, os produtores preferem exportar o produto, que fica mais lucrativo do que vender no próprio país. “Quando se exporta mais, reduz os produtos para o mercado doméstico e, com isso, temos uma alta nos preços”, explicou o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov.

Outro grupo de despesas com impacto importante na inflação em setembro foi o de transportes (0,70%), cuja alta de preços foi puxada pela gasolina (1,95%), óleo diesel (2,47%), etanol (2,21%) e passagens aéreas (6,39%). Também tiveram altas de preços os grupos artigos de residência (1%), habitação (0,37%), vestuário (0,37%), comunicação (0,15%) e despesas pessoais (0,09%).

Por outro lado, saúde e cuidados pessoais teve deflação (queda de preços) de 0,64%, principalmente devido ao item plano de saúde, cujos preços recuaram 2,31% devido a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender até o fim do ano os reajustes dos planos. Educação também teve deflação de 0,09%.

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