"Neste momento se criou uma disputa política", critica Rui Costa sobre investigação na compra de respiradores
"Neste momento se criou uma disputa política", critica Rui Costa sobre investigação na compra de respiradores
O governador Rui Costa (PT-BA) criticou o desdobramento sobre a investigação da compra de respiradores, através de contrato firmado pelo Consórcio do Nordeste. O petista afirmou que se criou uma "politização" a respeito do caso. "Neste momento se criou uma disputa política e uma confusão jurídica. Há muita contaminação política e, infelizmente, a preservação da vida humana acaba ficando em segundo plano. A prioridade está na disputa política, que muitas vezes é levada para o campo dos procedimentos legais", disparou o governador, em entrevista ao Bahia Meio Dia, da TV Bahia, na tarde desta quarta-feira (10/6).
Na ocasião, foram investidos R$ 48 milhões para a aquisição dos equipamentos na empresa Hempcare e o valor foi pago à vista. A empresa, no entanto, não entregou os respiradores. Uma operação da Polícia Civil baiana resultou na prisão de três empresários, no dia 1º de junho. A investigação apontou que a Hempcare tentou negociar de forma fraudulenta com vários entes públicos.
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O caso estava com as autoridades baianas, no entanto, nesta última segunda-feira (8/6), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que a competência para julgamento do processo foi passada para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), após pedido do Ministério Público (MP). Na manhã desta quarta-feira (10/6), a Justiça do Estado negou a solicitação da Procuradoria Geral da Bahia para manter a investigação sobre o caso no estado.
O governador alegou que, independentemente de qual órgão irá tocar a investigação, o importante é a devolução do dinheiro. "Queremos o mais rápido possível a identificação dos culpados e devolução do dinheiro, pois estamos precisando desse recurso para continuar salvando vidas humanas", declarou.
Rui afirmou, ainda, que os empresários presos durante as investigações se mostraram dispostos a devolver parte do recurso, mas a ação fica inviabilizada pela suspensão das investigações pela Justiça. Para o petista, não é possível "paralisar uma operação em curso" e não há nenhum prejuízo se a operação também for replicada no âmbito federal.
"Eu não consigo entender a lógica da paralisação, já que eventuais criminosos estavam sendo alcançados pelo estado e pela a justiça. Há um pano de fundo no país de criminalizar a ação de prefeitos e governadores, mesmo quando estes denunciam que foram vítimas de crimes", explicou o governador.
Com a investigação, ficou estabelecido que uma comissão parlamentar interestadual passará a acompanhar o Consórcio do Nordeste, para dar maior transparência às ações implementadas pelo grupo.
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