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Ação de pesquisadores brasileiros pode ajudar no desenvolvimento de vacina para o coronavírus

Ação de pesquisadores brasileiros pode ajudar no desenvolvimento de vacina para o coronavírus

Por Da Redação

Ação de pesquisadores brasileiros pode ajudar no desenvolvimento de vacina para o coronavírusJornal da USP

Um grupo de pesquisadores brasileiros fez o primeiro sequenciamento genético do coronavírus na América Latina em apenas 48 horas. O trabalho foi desenvolvido pelo Instituto Adolfo Lutz, em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e com a Universidade de Oxford, da Inglaterra.


Para fazer a pesquisa, foi usado um dispositivo portátil lançado pela startup britânica Oxford Nanopore Technologies. O equipamento, menor que um celular, é conectado a um computador por cabo USB.


A amostra é lida por poros em escala nanométrica, ou seja, um milímetro dividido por milhão. As informações são lidas por um software que decodifica os dados traduzindo a estrutura do vírus.


Rapidez


Outros trabalhos semelhantes feitos ao redor do mundo têm levado, em média, 15 dias para obter o sequenciamento do vírus. Os pesquisadores brasileiros conseguiram disponibilizar os dados 48 horas após a confirmação do primeiro caso de coronavírus no país.


O mapeamento do genoma do vírus é fundamental para o desenvolvimento de novos testes diagnósticos ou vacinas. Ele também abre espaço para uma maior compreensão das formas de dispersão do organismo no ambiente e detectar mutações que alterem as características da doença.


Análises preliminares mostram que o vírus identificado no Brasil é diferente por três mutações do referencial observado em Wuhan, na China, epicentro da epidemia. Duas dessas alterações aproximam o vírus que chegou ao Brasil do diagnosticado na região da Bavária, na Alemanha.


O primeiro paciente brasileiro com confirmação de coronavírus se contaminou após uma viagem à região da Lombardia, na Itália. Apesar dos testes indicarem proximidade do vírus encontrado no Brasil com a variante europeia, as amostras italianas ainda não foram sequenciadas.


O trabalho de sequenciamento foi desenvolvido pelos pesquisadores Jaqueline Goes de Jesus, Claudio Sacchi, Ingra Claro, Flávia Salles, Daniela da Silva, Terezinha Maria de Paiva, Margarete Pinho, Katia Correa de Oliveira Santos, Felipe Romero, Fabiana dos Santos, Claudia Gonçalves, Maria do Carmo Timenetsky, Joshua Quick, Nick Loman, Andrew Rambaut, Ester Cerdeira Sabino e Nuno Rodrigues Faria.


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