Dono de casarão que ameaça cair no Comércio impede demolição; "com escoramento não cai"
Dono de casarão que ameaça cair no Comércio impede demolição; "com escoramento não cai"
Driele Veiga / TV Aratu A demolição parcial do prédio que ameaça desabar no bairro do Comércio, em Salvador, acabou sendo paralisada na manhã desta quinta-feira (23/1). Isso porque um dos herdeiros do casarão desocupado entre as ruas Conselheiro Dantas, Ourives e Miguel Calmon compareceu ao local acompanhado de um advogado impedindo o ato.
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"Eu pedi ao representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que evite a demolição, porque o prédio está com colunas que foram feitas anos atrás para evitar justamente à queda das paredes, que tem 80 centímetros. Portanto, com escoramento e vigamento não cai", ressaltou Gilberto Cedraz, um dos quatro herdeiros do imóvel.
O discurso foi reverberado pelo advogado, José Bandeira de Mello, que revelou ter tido uma conversa com representantes do Iphan e da Defesa Civil. "Pelo menos hoje, não haverá a demolição. Já conversei com o representante do Iphan, da Codesal. Tudo que estava ao alcance do próprietário foi feito. Em 2016, o proprietário notificou o Corpo de Bombeiros, a Codesal solicitando administrativamente às providências e desde lá, a situação não evoluiu".
Na tarde desta úiltima quarta (23/1), o Iphan havia dado sinal verde para a demolição parcial do prédio que já havia sofrido pequenos desabamentos por conta de um incêndio e ficou ainda mais prejudicado depois das chuvas fortes que caíram sobre a capital. Em nota, o Iphan afirmou que realizou uma vistoria em conjunto com a Codesal no imóvel, localizado em área tombada. Durante a vistoria, foi verificado que houve desabamento de estruturas internas do prédio, com possibilidade de queda de elementos da fachada.
O Instituto afirmou também que, em 2017, o proprietário do imóvel recebeu auto de infração emitido pelo órgão federal com posterior aplicação de multa em razão do estado de conservação do casarão. Na ocasião, ele solicitou extensão de prazo para a apresentação de um projeto de recuperação do prédio, mas, segundo o órgão, o projeto nunca foi apresentado.
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