Irã anuncia quebra de acordo e parlamento do Iraque aprova saída de tropas dos EUA
Irã anuncia quebra de acordo e parlamento do Iraque aprova saída de tropas dos EUA
Neste domingo (5/1), dois dias depois do assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do país, o Irã anunciou que deixará de respeitar seus compromissos sob o acordo nuclear de 2015, que assinou com mais seis grandes potências internacionais. O parlamento do Iraque, por sua vez, aprovou uma moção exigindo que o governo expulse as tropas dos Estados Unidos (EUA).
O acordo diplomático - que limita o enriquecimento de urânio - vinha perdendo força desde maio de 2018, quando os EUA se retiraram unilateralmente e anunciaram a reposição de pesadas sanções econômicas contra Teerã, capital iraniana. Nos últimos meses, então, a República Islâmica violou algumas das alíneas estabelecidas pelo entendimento de 2015, mas anunciou, agora, que vai deixar de cumprir por completo os limites ao enriquecimento de urânio que utiliza.
Dessa forma, o Irã baseará o nível de enriquecimento nas necessidades técnicas do país, embora mantenha a cooperação com a agência nuclear da ONU. Os próximos passos, porém, podem ser revertidos se Washington (EUA) suspender as sanções que mantém sobre o país, conforme explicou o porta-voz citado na televisão estatal iraniana.
EM TEMPO
Por meio de sua conta no Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que se o Irã cumprir a ameaça de vingar a morte do general Qassem Soleimani, a resposta militar será “rápida e forte”, contra 52 alvos iranianos. O número, segundo Trump, representa os 52 funcionários da embaixada dos EUA em Teerã que foram feitos reféns durante invasão em 1979.
“O Irã está falando muito ousadamente sobre atingir certos alvos dos EUA como vingança por livrarmos o mundo de seu líder terrorista que acabara de matar um americano e ferir gravemente muitos outros, sem mencionar todas as pessoas que ele matou ao longo de sua vida, incluindo recentemente centenas de manifestantes iranianos”, escreveu Trump.
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