Pedreiros são filmados por motorista de app na Paralela e confundidos com ladrões; "as pessoas apontam"
Pedreiros são filmados por motorista de app na Paralela e confundidos com ladrões; "as pessoas apontam"
Os amigos Geovani Néri, Vinícius de Oliveira e um adolescente de 17 anos sempre seguem a mesma rotina: durante a semana trabalham como pedreiros em Barra do Jacuípe, na Região Metropolitana de Salvador. No sábado, retornam para suas casas, em Castelo Branco, para visitar a família. No último (14/12), porém, se viram envolvidos em uma história que foi difícil de acreditar para eles. Os três acabaram sendo confundidos com ladrões.
Tudo começou após um condutor, de forma escondida, filmar o grupo e disseminar a calúnia pelo aplicativo WhatsApp. "Eles estão pedindo o aplicativo e 'tá' chegando no carro abordando a pessoa e pedindo se pode levar", disse na primeira imagem. "O cara viu os três e adiantou", disse o condutor em outro vídeo, que mostra supostamente um outro veículo recusando a viagem de Geovani, Vinícius e do adolescente.
"Vamos segunda e voltamos no fim de semana. Naquele dia, como sempre fazemos, paramos no Shopping e perguntamos a ele se tinha como fazer uma simulação. Ele disse que não tinha como. Aí, depois, baixamos o app e não estávamos sabendo que ele tinha nos gravado", ressaltou Geovani durante entrevista ao Aratu On. "Não tiro ele da reação, mas se fossem três mulheres? A maldade não está no corpo, está na mente e no coração", questionou o pedreiro.
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A primeira pessoa a ver as imagens circulando foi a mãe do adolescente, Soraia de Oliveira. Para ela, um susto. "Eu estava no trabalho e meu tio chegou. Foi um primo meu que 'roda Uber' que recebeu no grupo e enviou para esse meu tio, que disse: 'procure averiguar pois tá rolando no grupo os meninos'. Eu não acreditei porque conheço eles. Quando vi, eu reconheci os três. Liguei para meu filho e mandei ele ir para casa naquele momento".
A Polícia Civil foi acionada. O grupo procurou a 1ª Delegacia Territorial, localizada nos Barris, para registrar a queixa por calúnia. Como aconteceu na Paralela, porém, o caso precisa ser investigado pela 12ª DT, em Itapuã. "A delegada disse que não era lá o registro, mas liberou [a prestação de queixa] pelo fato de ser uma coisa muito séria, para os três não ficarem descobertos. Quer dizer, até a delegada se comoveu", revelou Soraia.
Os três relatam que a repercussão foi grande. "A gente [estava] no metrô ontem e as pessoas todas apontando para a gente. Agora mesmo, quando estávamos vindo para cá, passou uma pessoa em um carro vermelho e nos comparou. Lá no shopping, quando fomos fazer uma reportagem para a TV Aratu, todos já nos conheciam pelo vídeo", lamentou Geovane Néri.
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