Isidório propõe tornar bíblia patrimônio cultural; “neguinho tomba tanta coisa por aí”

Com a irreverência que lhe é peculiar, o deputado federal recém-empossado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) foi o primeiro parlamentar, da atual legislatura da Câmara, a protocolar um projeto. O texto é, no mínimo, polêmico.

Evangélico, ele resolveu homenagear a literatura religiosa mais importante para os cristãos e elaborou uma proposta para tornar a Bíblia Sagrada um patrimônio nacional, cultural e imaterial do Brasil.

Em entrevista ao Aratu Online, ele ressaltou que a Bíblia é “o livro dos livros”, o mais lido do mundo, de importância milenar e, portanto, não pode correr o risco de ser esquecido.

“‘Neguinho’ tomba tanta coisa aí, que o governo ainda gasta dinheiro pra dar manutenção, como é que o livro da fé, lido pelos cristãos, que representam 98% [da população brasileira], não pode ser tombado?”, questionou.

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A sua militância em defesa das escrituras não para por aí. Isidório revelou, ainda, que em seguida será apresentado o projeto de tombamento da redação da bíblia, com o intuito de não permitir, emendas no seu texto.

“Ex-gay” declarado, o deputado se preocupa, entre outras questões, com possíveis alterações em favor desta causa. “Você se lembra que até pouco tempo estavam falando aí na bíblia gay? Estavam querendo tirar da redação a parte que Deus condena o homossexualismo”, pontuou.

Para ele, o segundo projeto tem a função de proteger o livro, das interferências de grupos de interesse. “Já pensou, se cada pecador começar a tirar uma parte da bíblia? O cara que gosta de fazer sexo com cavalo, cachorro, égua e galinha, vai procurar onde é que Deus fala contra a zoofilia e tira”, comentou.

O tombamento da redação proposto pelo Pastor Isidório prevê, também, a proibição do uso do nome e/ou título Bíblia ou Bíblia Sagrada em qualquer publicação com conteúdo diferente do já consagrado há milênios pelo cristianismo.

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