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“Eu quero que meu pai não vire estatística”, diz filho no enterro do PM morto em Ondina

“Eu quero que meu pai não vire estatística”, diz filho no enterro do PM morto em Ondina

Por Da Redação

“Eu quero que meu pai não vire estatística”, diz filho no enterro do PM morto em OndinaCris Almeida/Aratu Online

O corpo do policial militar Jailton Souza de Araújo, de 50 anos, foi enterrado na manhã desta terça-feira (11/12) no Cemitério Campo Santo, em Salvador. Amigos, familiares e colegas de farda que ainda tentavam compreender o motivo do assassinato, ocorrido na noite de domingo (9/12), acompanharam o velório em silêncio.


O policial, que era lotado na Base Comunitária da Santa Cruz, estava estudando para ser sargento. “Eu conheço ele há 15 anos, mas trabalhava com ele há 13. Eu o conheci na Liberdade, e trouxe ele de lá pra trabalhar comigo, pra fazer o projeto justamente em razão do perfil social dele”, destacou a comandante da BCS, capitã Sheila Barbosa.


O corpo foi velado na capela antes de ser enterrado. Foto: Cris Almeida/Aratu Online


“Ele já tinha recebido um prêmio, servidor cidadão, das mãos do então governador do estado Antônio Carlos Magalhães, justamente em razão desse projeto que ele desenvolvia. Ele era muito querido por todos nós, muito querido pela comunidade também, pelas crianças, e a gente não entende até agora o porque disso”, completou.


O filho de Jailton, Ramon Araújo,  só pede que a justiça seja feita e que o caso de seu pai não fique sem solução. “Eu fui pego de surpresa como todo mundo, meu pai era uma pessoa do bem. Eu só espero que a justiça seja feita, que ele não vire apenas estatística, e que esse monstro seja preso. Dói demais ver seu pai sair pra trabalhar e não retornar pra casa, só quem passa por isso entende”, relatou ele.


Sobre a motivação do assassinato do pai, Ramon disse ainda “Existem várias posições e versões do caso, mas ninguém sabe de verdade o que aconteceu. Várias coisas podem ter motivado, como ódio, vingança, inveja, já que meu pai era uma pessoa adorada por todos, um cara feliz e rodeado de pessoas que amavam ele, isso já basta pra alguém querer matá-lo”, concluiu.


Enterro do policial Jailton, no cemitério Campo Santo, em Salvador. Foto: Cris Almeida/Aratu Online


ASSASSINATO 


O PM estava no bairro do Alto de Ondina quando foi surpreendido pelo suspeito, que desferiu diversas facadas contra ele. Jailton chegou a ser levado pelos próprios colegas para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos. Um vídeo gravado por moradores mostra o momento exato do socorro. Assista:



A Secretaria da Segurança Pública (SSP) se limita a informar que o caso está sendo investigado pela Força-Tarefa que apura crimes contra policiais. A autoria e motivação do homicídio ainda não foram informadas.


“A gente pede efetivamente é que as pessoas denunciem, contem pra gente o que foi que aconteceu, o motivo disso, é o que a gente espera. Ele não sofreu nenhuma ameaça, ele morreu justamente onde foi nascido e criado, a gente não consegue entender. Era uma área em que ele era conhecido, então a gente não sabe dizer efetivamente o que aconteceu, o porque disso tudo”, comentou, ainda, a comandante da Base Comunitária da Santa Cruz.


Jailton Reis tinha 50 anos. Foto: arquivo pessoal


O comandante da 40ª Companhia Independente (CIPM/Nordeste de Amaralina), major Amilton Souza Teixeira, disse que as investigações estão adiantadas. A polícia acredita que mais de um suspeito participou da ação.


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