Dois não resistem após confronto com a PM na Vila Moisés, palco de 12 mortes em 2015
Dois não resistem após confronto com a PM na Vila Moisés, palco de 12 mortes em 2015
Dois homens que não tiveram as identidades reveladas morreram após troca de tiros com policiais militares de pelo menos três unidades no bairro do Cabula, em Salvador. O comandante da 48ª Companhia Independente (CIPM/Sussuarana), major Hilton Teixeira, informou que tudo aconteceu na manhã desta segunda-feira (18/6).
“Recebemos informações, dando continuidade à operação ocorrida no domingo pela noite na Mata Escura, onde outros dois suspeitos morreram, de que poderia estar havendo a possibilidade de um toque de recolher e fomos averiguar. As diligências terminaram na Vila Moisés, onde o confronto aconteceu”, destacou o oficial. A dupla chegou a ser socorrida para o Hospital Geral Roberto Santos, mas não resistiu aos ferimentos.
A outra operação citada pelo comandante aconteceu na noite de domingo (17/6) e deixou Dailton Lopes da Silva, líder do tráfico na localidade conhecida como Vale do Éden, e Wesley Silva Santana mortos. Já Valdinei Sousa de Jesus, 19 anos, e Filipe Santos Alves da Silva, 20, estavam com a outra dupla e acabaram sendo presos.
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RECORRENTE
A ação policial desta manhã aconteceu no mesmo local onde, em fevereiro de 2015, 12 homens morreram após suposta troca de tiros com policiais militares. E a coincidência não é somente essa. Também nesta segunda, agentes da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT/Rondesp Central) estavam no confronto. Foi justamente essa unidade envolvida em toda a polêmica do caso acontecido há três anos. De acordo com o comandante da 48ª CIPM, a dupla morta faz parte “da mesma quadrilha” que não resistiu aos ferimentos na oportunidade.
O caso de 2015 ainda está na Justiça. Pela versão oficial, militares da 23ª Companhia Independente (CIPM/Tancredo Neves) e da Rondesp Central foram recebidos a tiros pelos homens armados e revidaram. Os familiares dos baleados contestam e dizem que todos foram vítimas de uma execução sumária.
Todos os nove membros das guarnições da Rondesp foram absolvidos em primeira instância. A decisão veio da juíza substituta Marivalda Almeida Moutinho, em 26 de julho de 2015. Segundo a Defensoria Pública, após o imbróglio processual, sem condenações, o caso foi levado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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*Publicada originalmente às 14h43 (18/6)