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Número de crianças perdidas na praia aumenta com a chega do verão; Saiba alguns cuidados

Número de crianças perdidas na praia aumenta com a chega do verão; Saiba alguns cuidados

Por Diego Adans

Número de crianças perdidas na praia aumenta com a chega do verão; Saiba alguns cuidadosDivulgação / Corpo de Bombeiros

Na madrugada da última segunda-feira (1/1), em plena passagem de ano, um caso emblemático deixou em alerta pais e filhos. Durante o Festival Virada Salvador, na Boca do Rio, uma criança de apenas 3 anos foi encontrada pela Polícia Militar após se perder da mãe durante a queima de fogos. A aflição de Érica Santos de Almeida só acabou no posto policial, no reencontro com o filho, que estava aos prantos na areia da praia.


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O cenário descrito anteriormente ilustra bem um drama que é bastante corriqueiro neste verão. Afinal, é justamente nesse período que, segundo os bombeiros, existe um significativo aumento no número de crianças perdidas nas praias da capital baiana e região metropolitana. Para evitar o desespero e  sofrimento, além de uma possível tragédia, os postos de Guarda-vidas do 13ºGBM/Grupamento Marítimo ? GMAR realizam, desde o mês de outubro, a distribuição de pulseiras identificatórias nas praias da Barra, Porto da Barra, Ondina e Itapuã.


Uma ajuda a mais para evitar que os pequenos desapareçam “do nada”. Nas cerca de 5 mil pulseiras já distribuídas até agora, há espaço para colocar o nome da criança, do seu responsável e o número de contato. Segundo a Major BM Ana Fausta, comandante do GMar, há um grande trunfo no objeto.


Reciclável, pulseira tem espaço para se colocar nome do responsável e da criança, endereço e telefone. Foto: Corpo de Bombeiros


“A pulseira não é descartável e pode ser reutilizada várias vezes durante todo o verão. A ideia é que assim que as crianças cheguem na faixa de areia, os responsáveis procurem o posto de Guarda-vidas e solicitem a identificação, e de pronto receberão a pulseirinha”,  ressalta Fausta, que dá algumas dicas aos responsáveis tanto para a ida à praia quanto para quem for participar de alguma festa com grande concentração de pessoas.


“A primeira dica para quem vier à praia é procurar um posto de salva-vidas, tanto para pegar a pulseirinha quanto para saber dos locais propícios ao mergulho. Outra dica, essa mais geral, é marcar um ponto de referência com a criança, para o caso de ela se afastar demais, e também deixar um adulto ou criança mais velha com as mais novas”, explica. Confira outras dicas:



  • Ter cuidado para não errar os dados que deverão ser adicionados nesse adereço, porque ele será essencial para encontrar o pequeno, caso alguma coisa aconteça.

  • Coloque coletes salva-vidas ou boias nos pequenos, para que fiquem mais seguros se entrarem no mar.

  • Evite as praias que estão mais lotadas. Em meio a multidão é muito mais fácil que os desencontros aconteçam.

  • Oriente a criança para que ela não saia de perto dos adultos e que peça ajuda no posto dos Salva-vidas assim que perceber que está perdida.


O QUE FAZER?


Se mesmo com os cuidados descritos as crianças vierem a se perder, o mais indicado a fazer é colocar todos os adultos à sua procura, entrando em contato com os Salva-vidas, Bombeiros, Policiais e até mesmo com o Conselho Tutelar da região. Outra boa opção é colocar a criança no colo e todo mundo ao redor começa a bater palmas, chamando a atenção dos responsáveis que estão procurando pelo pequeno. Um bom exemplo deste caso foi registrado na praia de Itaipu, em Niterói, no Rio de Janeiro.


VEJA O VÍDEO:



Além disso, é imprescindível manter a calma e procurar alguma autoridade. É o que indica o coordenador do Conselho Tutelar V (região de Itapuã), Paulo Pereira da Silva. Segundo ele, a capital baiana conta com 18 Conselhos distribuídos, basicamente por bairros.


“Nos finais de semana, os plantões funcionam das 8h às 20h e são centralizados em três unidades nos bairros da Boca do Rio, Castelo Branco e Roma. Ou seja, quando se encontra alguma criança perdida, ela é encaminhada para estes Conselhos centrais”, ressalta Pereira.


Nessas unidades, uma equipe técnica formada por assistente social, psicólogos e representantes do Conselho Tutelar presta auxílio aos menores. “O intuito é manter a criança calma para extrair a maior quantidade possível de informação. Como o nome dos pais, endereço, etc. Caso não se obtenha sucesso, não se ache nenhum familiar,caberá ao Conselheiro tomar as devidas providências”, explica.



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*Publicada originalmente às 6h




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