“COPIOU?”: Contra religiões, decreto do prefeito de Guanambi é idêntico a outro mais antigo do Mato Grosso

03/01/2017 18h06Atualizado em: 03/01/2017 18h09

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O polêmico decreto assinado pelo prefeito de Guanambi, Jairo Magalhães (PSB), é idêntico a um outro baixado pela prefeita Ilma Barbosa, da cidade de Sapezal, no interior do Mato Grosso. A diferença é que lá, na região Centro-Oeste, o decreto foi assinado em dezembro de 2016, enquanto que o da cidade baiana foi publicado no Diário Oficial na última segunda-feira (2/1).

No texto, ambos entregam as respectivas chaves dos municípios ao Altíssimo. E também cancelam “em nome de Jesus” todos os “pactos realizados com qualquer outro Deus ou entidade espiritual,de forma irrevogável”. Ou seja, autorizam apenas práticas religiosas ligadas ao cristianismo,

Outra diferença é que Ilma Barbosa (PSD) perdeu a disputa eleitoral em outubro passado, quando tentava se reeleger e, portanto, já estava no fim do mandato quando baixou o polêmico decreto. Na Bahia, Jairo Magalhães apenas inicia seu novo mandato como prefeito.

Após a repercussão do caso, em entrevista ao Aratu Online, Magalhães disse que foi mal interpretado. ?Falo do mal como tudo o que não é bom para cidade. Corrupção, violência e desrespeito aos direitos das crianças. Isso envolve tudo e todos que não são bem intencionados?, relatou o prefeito.

Líderes religiosos já se manifestaram contra a atitude do prefeito de Guanambi. Segundo eles, é uma atitude que fere outras manifestações religiosas, além de atacar o princípio do estado laico e está fora do cargo de gestor público.

Jairo Magalhães admite ser cristão, defensor do Estado Laico e contra qualquer tipo de intolerância religiosa. ?Quando uma pessoa chega para mim, não quero saber qual é a sua religião, porque valorizo [elas] pelos seus atos?, afirmou.