INVESTIDA: Em entrevista à Rádio Metrópole, Dilma ataca DEM de ACM Neto e repete discurso de “golpe” e “parasitas”
INVESTIDA: Em entrevista à Rádio Metrópole, Dilma ataca DEM de ACM Neto e repete discurso de “golpe” e “parasitas”
Em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (28/6) à Rádio Metrópole, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) centrou fortes ataques no Democratas (DEM), sigla que lhe faz oposição nacional, e que, na Bahia, tem como expoente o atual prefeito de Salvador, ACM Neto.
Neto concorre à reeleição em outubro deste ano. A petista não citou nominalmente o político baiano, mas, ainda assim, apertou nas críticas. “Temos que ressaltar que o DEM, que hoje assumiu o Ministério da Educação [por meio do político pernambucano Mendonça Filho] foi contra o ProUni e entrou até no Tribunal Federal contra isso. Eles também foram contra as cotas. Diziam que as cotas nivelaria o Brasil por baixo, quando foi o contrário que aconteceu. Ou seja, hoje temos no Ministério da Educação um partido que é contra as cotas e o ProUni”, disse.
Na campanha de 2012, quando se elegeu prefeito, ACM Neto precisou responder a estes questionamentos sobre sua legenda ter se posicionado contra as cotas. À época tentou, inclusive, barrar na Justiça eleitoral a propaganda do seu então adversário, Nelson Pellegrino, que veiculava a seguinte mensagem: ?Você tem 80% da população negra. Ser contra as cotas é praticamente ser contra a cidade?.
Fora a disputa municipal, Dilma falou também sobre o processo do impeachment no Senado Federal, que deve votar em agosto a possibilidade definitiva de seu afastamento da presidência.
“É um golpe. Achei que, depois do que passamos em 1964, reforçado no processo de 1968, não voltaríamos a viver um golpe no Brasil”.
A petista ainda completou um discurso semelhante ao que proferiu aqui em Salvador na semana passada, quando recebeu o título de cidadã baiana da Assembleia Legislativa.
Dilma chamou os opositores de “parasitas” e comparou o processo de afastamento que vive a outros momentos históricos no país. “Foi o que viveu Getúlio em 1954 [que se suicidou], Juscelino por duas vezes e João Goulart. Sempre na história do Brasil que um presidente é mais progressista que o parlamento acontece essas tentativas de golpe”.
Escute alguns dos principais trechos da entrevista deDilma Rousseff aqui: