MUNDO HACKER: Conheça os perfis, salários e como está o mercado para profissionais da tecnologia
MUNDO HACKER: Conheça os perfis, salários e como está o mercado para profissionais da tecnologia
Os hackers são pessoas para as quais nada é impossível. Eles buscam falhas nos sistemas e desenvolvem soluções. Estes profissionais são importantíssimos para a sociedade moderna, que usa a tecnologia como interface para tudo que faz. ?Com a onda da realidade virtual a tendência é aumentar a demanda para esses profissionais?, disse o especialista em tecnologia Anderson Ramos.
Hacker é o lado bom da força. Confundidos com crakers ? pessoas que praticam a quebra de um sistema de segurança e têm como prática a quebra da segurança de forma ilegal. O hacker é o profissional de tecnologia que identifica fragilidades nos sistemas informatizados das empresas e ajudam a resolvê-los.
Com o propósito de criar uma comunidade nacional, reaproximar profissionais e revelar talentos, um evento de hacking será realizado em Salvador neste sábado (11/6) das 10h às 18h na Faculdade Ruy Barbosa, no Rio Vermelho.
O ROADSEC, maior evento de hacking, segurança e tecnologia vai reunir os principais hackers da capital baiana com especialistas de todo o Brasil para debater as falhas e ataques que estão em alta no estado e como se proteger delas, com foco principal em redes sociais e smartphones e discutir as vulnerabilidades da urna eletrônica.
PERFIS HACKER:
Para o especialista, Anderson Ramos existem alguns perfis que definem áreas de atuação de cada profissional da tecnologia. ?Existem diversos perfis, o mais glamouroso é o perfil de segurança, pen tester?, conta Anderson Ramos.
- Pen Tester: Salário médio de 2015: R$6.500 ? 14.000
Contratado para encontrar falhas nos sistemas, voltado para a área de segurança da informação. Deve ser especializado em desenvolvimento seguro e infraestrutura do sistema. É o perfil com maior empregabilidade.
- Perito Forense: Salário médio não definido
Essa carreira está entre a formação jurídica e a tecnologia da informação. A demanda tem aumentado por conta de fraudes, furtos de dados e agressões na web por meio de dispositivos como smartphones, tabletes e computadores.
- Desenvolvedor: Salário médio de 2015: R$6.500 ? 12.000
Programador, desenvolvedor, codificador ou engenheiro de software, estes são alguns modos de chamar alguém que faz programação de computadores, escreve, desenvolve ou faz manutenção de software em um sistema ou para uso em computadores pessoais.
- Profissional de infraestrutura: Salário médio de 2015: R$4.000 – 7.000
Cuida da rede e do servidor.
- Criptógrafos:
Trabalha com criptografia, ou seja, codificação de informações na rede.
MERCADO HACKER:
O empreendedorismo digital fez o mercado se expandir cada vez mais, o que aponta um cenário favorável para os hackers de plantão. Segundo Anderson Ramos, a grande perda financeira sofrida pelas empresas por conta de fragilidade na segurança digital tem feito a procura por técnicos aumente. ?Mas nós temos um problema no Brasil, aqui usamos uma ?receita? do que deu certo nos Estados Unidos, assim como os aplicativos para táxi. Temos muitas oportunidades, mas falta criatividade e profissionais de qualidade?, acredita Ramos.
São Paulo é o maior mercado nacional de tecnologia, mas o especialista garante que a localização geográfica não interfere nas oportunidades para pessoas que moram em outros estados, ?é um trabalho que não exige presença, a pessoa pode trabalhar de casa até, o que é bom?, diz.
Por questões específicas São Paulo, pela extensão territorial, Rio de Janeiro, por causa do petróleo e força de mercado e Brasília por conta da política são os mercados mais favoráveis e de maior demanda profissional. Já Salvador é considerado o maior mercado do nordeste.
Os principais contratantes desse tipo de serviço são empresas multinacionais, telecomunicações, aéreas, empresas do ramo financeiro, start ups e de prestação de serviços. Em média um iniciante pode ganhar até R$ 12 mil, trabalhando em uma grande empresa como Pen Tester Júnior.
As mulheres estão ganhando espaço no mundo da tecnologia, esta tendência reafirma a mudança do papel da mulher na sociedade. ?Historicamente este é um ambiente predominantemente masculino e machista, que traz desafios específicos para as mulheres. Os problemas que elas enfrentam são justamente por seres mulheres. Agora elas estão se organizando e o mercado não pode se dar ao luxo de não absorver estas profissionais. Na verdade isso tem a ver com questões sociais e políticas?, justifica Ramos.
No futuro, Anderson Ramos aposta no domínio da tecnologia. ?Daqui a alguns anos vamos acabar com guerras em apenas um clique, vamos desativar usinas nucleares usando apenas vírus. Isso vai diminuir o custo humanitário e político inclusive. Vamos criar um cybercomando,? aposta.