Em dois meses, Itinga tem terceiro caso de denúncia de violência policial; Menino de 16 anos foi morto nesta sexta
Em dois meses, Itinga tem terceiro caso de denúncia de violência policial; Menino de 16 anos foi morto nesta sexta
Inácio de Jesus dos Santos, 16 anos, morreu na tarde desta sexta-feira (6/5), no Hospital Menandro de Faria. De acordo com familiares, ele estava internado no local desde a semana passada, após ter sido espancado por policiais da 81ª Companhia Independente da Polícia Militar.
Segundo a denúncia o jovem, acompanhando de três amigos, passava de moto por uma das rotatórias de Itinga, quando teria sido abordado, no dia 27 de abril. Sem razão aparente, os policiais teriam conduzido o grupo para um matagal, localizado na parte de trás do presídio de Lauro de Freitas, onde todos foram agredidos por cerca de duas horas.
Inácio foi encaminhado para a unidade médica, mas não resistiu aos ferimentos. Outra vítima, vizinho dele, está em casa e não corre risco de morte. Os familiares informaram não conhecer os outros dois homens supostamente agredidos pelos policiais.
Revoltados, eles prometem realizar um protesto na manhã deste sábado (7/6), na localidade de Jardim Castelão, em Itinga. De acordo com o grupo, uma denúncia já foi apresentada na sede da Corregedoria da Polícia Militar.
Agora, eles pretendem ingressar com um pedido de proteção no Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), já que dizem temer por suas vidas.
Em contato com o Aratu Online, o comandante da 81ª CIMPM, major Sérgio Dias, informou que nenhuma denúncia oficial foi apresentada. Ele disse que aguarda notificação para dar início às investigações, informação confirmada pela assessoria da corporação.
Já a assessoria da Polícia Civil afirma que Inácio foi conduzido para a 27ª Delegacia Territorial após ter sido flagrado com uma moto roubada e uma arma, calibre 44. Conforme a delegada Elaine Laranjeira, titular da unidade, ele foi ouvido no local.
Elaine informou ainda que foi lavrado um auto de apreensão. A mãe do adolescente esteve na delegacia e teria assinado um termo de liberação, após assumir o compromisso de apresentá-lo na sede do MP-BA. De acordo com a polícia, ele deixou a unidade sem nenhum sinal de agressão.