BAIXO CRESCIMENTO: Em período de crise, equipe econômica prevê aumento de 1% do PIB para o ano que vem
BAIXO CRESCIMENTO: Em período de crise, equipe econômica prevê aumento de 1% do PIB para o ano que vem
Depois de encerrar o segundo ano consecutivo em recessão, a economia brasileira deverá crescer 1% em 2017, de acordo com as previsões do governo. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviado nesta sexta-feira (15/3) ao Congresso.
Embora os números sejam divulgados pelo Ministério do Planejamento, as estimativas são da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. A proposta da LDO prevê crescimento de 2,9% para 2018 e de 3,2% para 2019.
Os números estão diferentes das previsões das instituições financeiras. Segundo a última edição do boletim Focus, pesquisa semanal com economistas de mercado divulgada pelo Banco Central, as instituições estimam crescimento de 0,3% em 2017.
A proposta da LDO também atualizou as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como inflação oficial. O Ministério da Fazenda prevê que o índice encerrará 2017 em 6%, abaixo do teto da meta, de 6,5%. A equipe econômica projeta IPCA de 5,4% em 2018 e de 5% em 2019. Segundo o Boletim Focus, as instituições financeiras projetam inflação de 5,7% para 2017.
Os parâmetros para 2016 não foram alterados. No fim de março, a SPE tinha projetado contração de 3,05% na economia neste ano IPCA de 7,44%. As previsões para este ano constam do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, documento divulgado a cada dois meses com estimativas para a economia e que orienta a execução do Orçamento.
Em relação ao PIB, as estimativas oficiais estão mais otimistas que as das instituições financeiras, que preveem retração de 3,77% do PIB em 2016. Para o IPCA, a projeção do Boletim Focus está em 7,2% neste ano.