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PRECONCEITO: Ator Érico Brás e esposa são expulsos de voo e dizem terem sido vítimas de racismo; Companhia rebate

PRECONCEITO: Ator Érico Brás e esposa são expulsos de voo e dizem terem sido vítimas de racismo; Companhia rebate

Por Diego Adans

PRECONCEITO: Ator Érico Brás e esposa são expulsos de voo e dizem terem sido vítimas de racismo; Companhia rebateReprodução

O ator Érico Brás e a mulher dele, Kênia Dias, estiveram envolvidos no centro de uma polêmica nesta quinta-feira. (31/3). O casal acabou expulso de um voo marcado para sair às 6h27, da capital baiana com destino ao Rio de Janeiro, da empresa Avianca. Segundo Érico, ele e a esposa foram alvos de racismo pelo comandante e considerados pelo mesmo como “ameaças à segurança da aeronave”.


O desentendimento começou após o comandante  reclamar sobre a bagagem de Kênia, que estava embaixo de uma poltrona. O ator alega, por sua vez, que o compartimento superior (para as bagagens) estava lotado e por isso, a mala estava no chão. Ainda segundo Érico, diante da situação, sua esposa teria pedido ao comandante para arranjar um outro local para guardar a mala.


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Como resposta, o comandante teria jogado a bolsa “de forma grosseira no bagageiro”, o que gerou reclamação de Kênia, já que haviam itens frágeis na bolsa. Érico então teria questionado o tratamento do comandante e o chamado de mal educado. A partir daí, a confusão foi ‘armada’.


O comandante pediu para que o casal deixasse o avião. Como eles se negaram a sair da aeronave, policiais federais foram acionados. “Ele disse que eu era uma ameaça, sendo que ele que me agrediu. Me senti extremamente impotente”, disse Érico, classificando o caso como uma atitude “peculiar de quem é racista”.


Após serem acionados, os policiais federais justificaram a atuação ao afirmarem que “o comandante era a maior autoridade dentro de um voo” e, por isso, tiveram que retirar o casal do avião para que a viagem seguisse. Um grupo de passageiros ficou insatisfeito com a decisão e, em apoio ao casal, desceu da aeronave.


OUTRO VOO 


“Me forçaram a descer e depois me colocaram em um ônibus para ser levado até o pátio. Nem acompanharam a gente no pátio. Como sou uma ameaça e sou colocado em outro voo?”, questiona Érico.


Depois de registrar ocorrência na Agência Nacional de Aviação (Anac), o casal e os demais passageiros foram deslocados para um voo da Gol. Érico disse que também pretende registrar queixa por dano moral e racismo no Rio de Janeiro. Por conta da mudança de voo, Érico contou que perdeu uma gravação no Projac, estúdio da Rede Globo, que estava agendada para esta manhã.


A Avianca, por meio da assessoria, negou qualquer ato de racismo e disse que a empresa “despreza qualquer tipo de manifestação preconceituosa”. A aérea também alegou que a confusão estava comprometendo a pontualidade do voo e em respeito aos demais passageiros foi solicitada a saída do casal. Por fim, a Avianca argumentou que quando “há tumulto o procedimento é chamar a Polícia Federal”. A empresa, por sua vez, não se pronunciou sobre a postura do comandante.


VÍDEO  


Num  vídeo gravado na hora do incidente pela esposa do ator é possível ouvir os agentes da polícia federal argumentarem que estão “apenas cumprindo determinação”. Num  momento, um dos agentes afirma que Érico “está tumultuando” e determina que ele desça “imediatamente e que não terá mais conversa”.


Já Érico argumenta que vai pegar “as coisas” . Enquanto isso, outros passageiros tentam amenizar a situação. “Esse piloto está nervoso”, diz uma passageira. Em vão. Érico prossegue “Eu não sou terrorista, não estou tumultuando”. O agente prossegue “Vamos, vamos.. estou cumprindo determinação da ANAC, depois o senhor busca seus direitos”.


Visivelmente abalado, Érico fala aos passageiros “Sei que tem várias pessoas filmando, eu não sou terrorista, mal educado… eu vou descer (do avião) por que eu respeito a quantidade de pessoas que está aqui, por que estão atrasadas…aliás, o voo já estava atrasado e pelo que aconteceu aqui. Vou descer por isso. Não é por que eu tenho medo de polícia, nem dele (comandante). A ameaça aqui é ele, que estava descontrolado e é mal educado”.


 


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