APERTEM OS CINTOS: Em 70 dias do ano, Salvador e RM registram ‘dois acidentes aéreos por assassinatos’
APERTEM OS CINTOS: Em 70 dias do ano, Salvador e RM registram ‘dois acidentes aéreos por assassinatos’
Imagine um desastre aéreo, onde dois aviões se chocam em Salvador e Região Metropolitana e acabam matando todos seus passageiros. Seria uma tragédia enorme, não é mesmo? Pois é. Caso um acidente destes acontecesse com um Boeing 767-300 (com capacidade para até 221 passageiros) e um Airbus A320 (que pode levar até 174 pessoas), utilizados nas rotas aéreas de todo Brasil, 377 homens e mulheres perderiam suas vidas.
A comparação acima é porque, nos primeiros 70 dias de 2016, 373 pessoas morreram vítimas da violência urbana crescente na capital baiana RMS. O adjetivo que dá a ideia de aumento citado na última frase não foi escrito em vão. Em 2015, neste mesmo período, 357 pessoas foram mortas, o que representa um aumento de 4,2%. Todos dados são oficiais, disponibilizados pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP).
O levantamento do Aratu Online aponta ainda qual área de Salvador é mais violenta: o Lobato. Durante o período entre 1º de janeiro e 10 de março, 13 pessoas foram mortas violentamente nas áreas conhecidas como Boa Vista e Santa Luzia do Lobato. Coincidentemente ou não, a Companhia Independente de Polícia Militar responsável pela segurança da área, a 14ª CIPM, teve mudança no seu comando. Saiu o major Kley Oliveira Menezes e assumiu o também major Carlos Humberto da Silva.
A mudança, que aconteceu também em outras companhias, não tem relação com o número de homicídios no local, segundo a PM. ?A administração promove regularmente exonerações e nomeações, e isso se estende às áreas operacionais. É uma dinâmica natural do serviço público, as mudanças são uma forma de oxigenar as estruturas?, relevou a nota da corporação após a mudança dos comandantes.
A cidade da Região Metropolitana de Salvador onde mais acontece mortes violentas é Camaçari. Os dados do boletim da SSP apontam que 13 pessoas foram mortas no local nos primeiros 70 dias de 2016. Lauro de Freitas e Simões Filho compõem ainda a lista, com dez e 9 mortes, respectivamente.