SÓ PIORA: Pesquisa de médico baiano aponta relação entre Zika vírus, microcefalia e cegueira
SÓ PIORA: Pesquisa de médico baiano aponta relação entre Zika vírus, microcefalia e cegueira
Além da microcefalia, o vírus Zika pode provocar lesões oculares em bebês nascidos de mães que contraíram a doença durante a gestação. É o que aponta a pesquisa desenvolvida pelo médico oftalmologista e pesquisador baiano Bruno Freitas, do Hospital Roberto Santos, em Salvador.
A pesquisa foi publicada no último dia 9 de fevereiro na revista médica internacional Jamma Ophtalmology, dedicada a artigos científicos. Freitas constatou que o Zika pode afetar a retina dos fetos e provocar cegueira. O levantamento foi feito em parceria com a Universidade Federal de São Paulo, que cedeu os equipamentos para a fotografar as áreas afetadas — o estado da Bahia não possui este aparato médico.
“Vale ressaltar que não existe ainda a confirmação que estas lesões que a gente encontrou sejam causadas pelo Zika Vírus, porém, são lesões que tem apresentado características bem semelhantes entre elas. Dentre as quais, as mais comuns foram áreas importantes de atrofia na retina”, disse Freitas.
Na pesquisa foram avaliadas 29 gestantes com microcefalia, sendo que 10 apresentaram lesões oculares (ou seja, 34,4%). “Destes, um número considerável ainda apresentou lesão bilateral, ou seja, em ambos os olhos”, ressalta o médico baiano.
BOLETIM
Em boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) nesta quinta-feira (11/2) subiu para 11 o número de pacientes que morreram após registro de microcefalia. O novo caso ocorreu na cidade de Presidente Tancredo Neves (a 250 km da capital, Salvador).
As outras cidades que já registraram óbitos foram: Camaçari (1), Campo Formoso (1), Esplanada (1), Itabuna (1), Itapetinga (1), Olindina (1), Salvador (3) e Tanhaçu (1).
O número de casos notificados da doença aumentou de 618 para 701. Os casos registrados compreendem o período entre outubro de 2015 e 9 de fevereiro deste ano.