MPF denuncia hackers do sudoeste que deram golpes em bancos
MPF denuncia hackers do sudoeste que deram golpes em bancos
Do blog Suíça Baiana, parceiro do Aratu Online:
Vinte e uma pessoas envolvidas na Operação Lammer, desencadeada pela Polícia Federal no final do ano passado em Vitória da Conquista, foram denunciadas pelo MPF (Ministério Público Federal) à Justiça Federal por terem participação numa ?organização criminosa? que aplicou golpe de R$ 289.160 a instituições bancárias pela internet.
Ficaram de fora da denúncia Danilo Souza Ferraz, Erlan Alves de Menezes e Cezar Molina Dias, mas, segundo o MPF, isso ?não representa arquivamento implícito?, já que ?a investigação continuará em relação a eles?.
A acusação foi apresentada pelo MPF em 23 de dezembro de 2015, e no dia 31 de dezembro a Justiça Federal recebeu a denúncia e determinou a prisão de Iuri Pereira dos Santos, além da manutenção dos outros que já estavam presos: Leandro Morais Paixão, Nelita Almeida Ferraz, Delmiro Ferraz, João Batista, Sandro Camilo, Tiago Bezerra, Sandro Bezerra. O único foragido é Iuri Pereira dos Santos.
De acordo com a ação, o esquema, que vinha desde 2010, ocorria da seguinte forma: Leandro Morais Paixão e Iuri Pereira dos Santos eram os programadores responsáveis por captar dados bancários de correntistas.
Informa o MPF que eles obtinham informações pessoais e as repassavam a Nelita Almeida Ferraz, responsável por invadir a conta corrente das vítimas e orientar saques e transferências dos valores depositados. Em seguida, a organização recrutava pessoas para ceder a conta corrente que recebia o dinheiro furtado.
O núcleo da organização é composto pelos irmão de Nelita, Delmiro Ferraz e João Batista, e seu marido, Fábio dos Santos, além de Sandro Camilo, Tiago Bezerra, Davi Ferraz e Raquel Barbosa.
Todos devem responder por invasão de dispositivo informático alheio, cuja pena prevista é de reclusão de seis meses a dois anos e multa. Devem responder, ainda, por promoção de organização criminosa, cuja pena é de reclusão de três a oito anos e multa, conforme art. 2º da Lei 12.850/2013.
Durante as investigações, foram identificadas no mínimo 15 operações, e o MPF acredita que a atuação da organização seja ainda mais extensa. Isso porque, que no período entre 1º de janeiro de 2011 e 13 de março de 2012, ao menos 62 contas bancárias vinculadas à Caixa Econômica Federal foram lesadas.