Migrantes bloqueados protestam na fronteira entre Grécia e Macedônia
Migrantes bloqueados protestam na fronteira entre Grécia e Macedônia
Mais de mil migrantes que estão há três dias bloqueados na fronteira entre Grécia e Macedônia voltaram a protestar neste sábado (21), depois que autoridades macedônias se negaram a deixá-los entrar. Na última quinta-feira (19), Sérvia e Macedônia decidiram limitar a passagem pela fronteira a pessoas que fogem das zonas de conflito em Síria, Iraque e Afeganistão, o que impede que migrantes de outras nacionalidades passem pelo posto fronteiriço de Idomeni (Gevgelija para a Macedônia).
Segundo a polícia grega, 1.300 migrantes de diferentes nacionalidades – iranianos, paquistaneses, marroquinos, argelinos, bengaleses e somalis – aguardavam hoje em Idomeni. “Sentimos pela França, mas não somos perigosos”, dizia um cartaz, referindo-se aos atentados jihadistas do último dia 13 em Paris. O posto de Idomeni/Gevgelija é a passagem habitual para o norte da Europa dos migrantes que chegam à Grécia cruzando o Mar Egeu a partir da costa ocidental turca.
O ministro grego de Política Migratória, Ioannis Mouzalas, que viajou hoje para Idomeni, informou que a situação começou quando a Eslovênia, membro da União Europeia (UE) e integrante do Espaço Schengen, como a Grécia, proibiu a entrada de alguns migrantes. Segundo Mouzalas, esta decisão teve um efeito dominó nos países vizinhos Macedônia e Sérvia, que não são membros da UE nem do Espaço Schengen.
“A Grécia tem um plano para ajudar estas pessoas a deixar Idomeni e se instalar, em um primeiro momento, em centros de acolhimento situados em outras regiões gregas, indicou o ministro. Um total de 70% dos migrantes que chegam à fronteira entre Grécia e Macedônia são sírios ou iraquianos. Mais de 800 mil migrantes chegaram à Europa pelo mar desde o começo do ano.