“Essa história está apenas começando” diz ex-advogado do envolvido na morte de garoto em Itapuã
“Essa história está apenas começando” diz ex-advogado do envolvido na morte de garoto em Itapuã
Desde que soube do crime de ocultação de cadáver cometido pelo padrinho da criança de dois anos, que estava desaparecida no bairro de Itapuã, o advogado de Rafael Pinheiro desistiu de defendê-lo no caso.
?Essa história está apenas começando e vai ter um desdobramento muito grande?, disse ao Aratu Online, José Alberto Cunha, ex-defensor do réu confesso. Para ele, a perícia, que ainda está em andamento, pode revelar muita coisa.
Do mesmo modo que o relato de Rafael, sobre a morte do garoto, causou perplexidade e indignação à sociedade soteropolitana, deixou, também, o advogado desconfiado.
?Quando percebeu que o menino estava passando mal, ele poderia ter buscado ajuda com um vizinho ou chamado o Samu para ajudá-lo?, argumentou Cunha, acrescentando que seu ex-cliente havia omitido detalhes que precisam ser conhecidos pelo advogado. ?Não recebi nada dele e disse que poderia passar os honorários para outro profissional?, completou.
Até o final da tarde de ontem (20), o IML não havia dado uma previsão para a liberação do corpo da vítima, Marcos Vinícius Carvalho dos Santos, de dois anos, localizado em um areal no bairro de Itapuã, na tarde da última quarta-feira (19). A identidade da criança ainda aguarda comprovação, através da realização de um exame de DNA.
Entenda o caso
Familiares do garoto Marcos Vinícius de Carvalho dos Santos, de dois anos, afirmaram à polícia que a criança havia desaparecido em uma feira do bairro de Itapuã, em Salvador, na manhã da última sexta-feira (14).
O garoto estaria na companhia do padrinho, Rafael Pinheiro, fazendo compras em uma barraca de verduras e teria soltado da mão dele por um minuto. O padrinho disse que quando virou, não viu mais a criança. Ele falou que chegou a procurar pela feira inteira, mas não o encontrou.
Na última quarta-feira (19), Rafael, em novo depoimento à polícia, confessou que teria enterrado o menino nas dunas do Abaeté, após a criança ter um mal súbito e morrer, quando bebia um mingau, mas negou ter matado Marcos Vinícius.