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Após assembleia, agentes de endemias de Salvador decidem manter greve

Após assembleia, agentes de endemias de Salvador decidem manter greve

Por Da Redação

Após assembleia, agentes de endemias de Salvador decidem manter greveDivulgação/Sindacs

Os agentes de endemias de Salvador, responsáveis pelo combate ao mosquito Aedes Aegypti, decidiram manter a greve da categoria após assembleia realizada nesta quarta feira (15). De acordo com o Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Contendores de Doenças Endêmicas e Epidemiológicas do Estado da Bahia (Sindacs) os profisisonais querem receber salário de R$ 1.014, que é o piso nacional da categoria. O movimento foi deflagrado no último dia 19 de junho.


Ainda conforme a Sindacs, a categoria recebe atualmente R$ 692,08. Segundo informações de Aldenilson Rangel, coordenador-geral da entidade, atualmente a capital baiana tem cerca de 3.800 profissionais. O sindicato aponta que 30% do efetivo atua mesmo com a greve.


Representantes do Sindacs têm reunião marcada com o secretário de saúde José Antônio Rodrigues, a partir das 17h desta quinta-feira (16), na sede da Secretaria Municipal de Saúde. No dia seguinte, eles fazem protesto na frente do órgão, localizado no Comércio, a partir das 9h. Uma nova assembleia da categoria está marcada para o dia 29 de julho, a partir das 9h.


Em nota, a Prefeitura de Salvador afirmou que negocia sistematicamente com o funcionalismo público no âmbito das Mesas Permanentes de Negociação (MPN), mecanismo de diálogo implantado pela atual gestão e que já garantiu, com cerca de 400 horas de conversa, conquistas importantes aos servidores.


O secretário de Gestão, Alexandre Pauperio, defende o diálogo permanente com as diversas categorias através das mesas. ?A MPN trata com respeito as entidades representativas dos servidores públicos e isso é reconhecido por todos. Através do diálogo aberto e responsável com os sindicatos e associações que representam os servidores, conquistas importantes foram obtidas como o Plano de Cargos e Vencimentos (PCV) e a implantação do plano de saúde . Acreditamos que o entendimento é o melhor caminho para avançarmos?.


A administração já fechou acordo com outros sindicatos e associações que proporcionou aos agentes comunitários de saúde e os de combate às endemias um reajuste de 13,9% retroativo a maio, passando o salário-base de R$ 692,08 para R$ 788. Além do salário-base, a categoria recebe gratificações que chegam a 107,5%, totalizando uma remuneração mensal de R$ 1.635, ou seja, 61,25% superior ao piso nacional. Quanto à greve, Pauperio reforça que o município não tem autorização para pagar os dias não trabalhados. ?Os dias dessa paralisação descabida serão descontados na folha de pagamento deste mês?, afirma.


Ainda conforme a Prefeitura de Salvador, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mantém em seus quadros, contratados de forma regular e inscritos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do Ministério da Saúde, 1.540 agentes comunitários de saúde e 2.065 agentes de combate a endemias (ACE), que recebem remuneração salarial acima de R$1.800, valor excedente ao estabelecido em Lei Federal nº 12.994, de 19 de junho de 2014, que fixa o piso inicial da categoria R$ 1.014.


Os agentes foram todos admitidos por processo seletivo, incluídos ao regime jurídico, estabelecido pela Lei Municipal nº 7955/2011, com jornada de trabalho fixada em 40 horas semanais, para atendimento as ações e serviços de promoção da saúde, vigilância epidemiológica e combate à endemias, dentro dos respectivos territórios de atuação.


A Prefeitura esclarece ainda que, nos termos da Constituição Federal, compete à União prestar assistência financeira complementar ao município com 95% do piso salarial de que trata o artigo nono da Lei 12.994/14. No entanto, isso não vem sendo cumprido em Salvador, uma vez que até hoje o Ministério da Saúde só participa na saúde da família com um incentivo financeiro de custeio por agente comunitário de saúde, via bloco da Atenção Básica, sem referência a pagamento de pessoal. Quanto aos agentes de endemias, jamais houve qualquer repasse do governo federal voltado ao financiamento do pagamento desses servidores, ficando todo o encargo de pessoal as custas da fonte do tesouro municipal.



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