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Membro da equipe de jornalismo da TV Aratu é vítima de racismo em manifestação de professores

Membro da equipe de jornalismo da TV Aratu é vítima de racismo em manifestação de professores

Por Da Redação

Membro da equipe de jornalismo da TV Aratu é vítima de racismo em manifestação de professoresreprodução / TV Aratu

O auxiliar de cinegrafista da TV Aratu, Orlando Rosa, foi vítima de racismo no início da tarde desta quarta-feira (10) durante uma manifestação de professores das universidades públicas do Estado. Rosa estava auxiliando o repórter Ricardo Sapia e o cinegrafista Liberato Santana quando foi vítima de preconceito praticado por um professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) que ainda não teve o nome identificado.


Após ter sido humilhado, o funcionário da TV Aratu entrou ao vivo no programa Na Mira, ainda na Tancredo Neves, local onde os professores realizavam uma manifestação, e relatou em entrevista ao repórter Marzzo Silva o constrangimento pelo qual passou. “Sapia estava entrevistando pessoas que estavam em um ônibus parado pela manifestação dos professores e ele tentou passar, só que não havia espaço. Então eu peguei no ombro dele e falei ‘só um minutinho, meu amigo’. Ele retirou o ombro e tentou passar mais uma vez. Eu voltei a segurar no ombro dele e repeti ‘só um minutinho, meu amigo”. Aí ele me olhou e falou pra eu tirar a mão por que estava sujando ele”, relatou Rosa, que chegou a ficar emocionado e chorou no momento em que repetiu a fala do professor.


O suspeito fugiu do local e não foi encontrado pelos repórteres e cinegrafistas da TV Aratu. A direção da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (ADUNEB), não divulgou sua identidade, mas disse que fará uma reunião na Reitoria da Uneb às 18h. Na ocasião, uma das pautas a serem discutidas será o comportamento do professor denunciado pelo funcionário da TV Aratu.


Segundo informações do Ministério Público, a injúria racial está tipificada no artigo 140, § 3º do Código Penal Brasileiro e consiste em ofender a honra de alguém com a utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem. Recentemente, a ação penal aplicável a esse crime tornou-se pública condicionada à representação do ofendido, sendo o Ministério Público o detentor de sua titularidade.


Já o crime de racismo, previsto na Lei 7.716/89, implica em conduta discriminatória dirigida a um determinado grupo ou coletividade. Considerado mais grave pelo legislador, o crime de racismo é imprescritível e inafiançável, que se procede mediante ação penal pública incondicionada, cabendo também ao Ministério Público a legitimidade para processar o ofensor.


Os professores e alunos das universidades estaduais Uneb e Ufba fizeram uma passeata na manhã desta quarta-feira na Avenida Tancredo Neves. Os manifestantes reivindicaram um maior orçamento para as instituições do Estado. A greve dos docentes vai completar um mês neste sábado (13) e cerca de 300 pessoas participam do ato.


Confira imagens que registraram o suspeito quando a equipe da TV Aratu o procurou para esclarecer o que havia ocorrido:



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