Entre 2014 e 2015, 32,86% das cidades baianas sofreram ataques a bancos; veja a lista
Entre 2014 e 2015, 32,86% das cidades baianas sofreram ataques a bancos; veja a lista
No ano de 2015, em apenas nove dias foi registrado um total de dez ataques a bancos na Bahia, que compreendem assaltos, tentativas e explosões de caixas eletrônicos. Dados do Sindicato dos Bancários do Estado dizem que no ano passado foram 230 ataques, sendo que o primeiro aconteceu no oitavo dia do ano. O delegado coordenador do Grupo Avançado de Repressão a Crimes Contra Instituições Financeiras (GARCIF), Henrique Morais, destaca que “essa modalidade de crime não nasceu aqui na Bahia, houve migrações de Estados como São Paulo e Rio de Janeiro”. Ele também diz que os “ataques que acontecem na Região Metropolitana são de responsabilidade do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom)”. Já o delegado adjunto do Depom, Carlos Habbib, disse que “há uma troca de informações entre delegacias”.
Fazendo o cruzamento dos dados do Sindicato, o Aratu Online constatou que 137 dos municípios baianos que possuem agências sofreram ataques entre 2014 e 2015. Isso quer dizer que, dos 417 municípios, apenas 280 não registraram algum ataque. Os números mostram que, no mesmo período, 32,86% das cidades baianas tivera agências ou caixas eletrônicos roubados. “As cidades do interior da Bahia muitas vezes não têm policiamento ostensivo, ou seja, quando o município tem três policiais, por exemplo, os bandidos chegam em grupo de 20 homens”, diz ainda o delegado do GARCIF.
O levantamento mostra que todas as cidades que ficam na Região Metropolitana de Salvador sofreram algum tipo de ataque a banco, com excessão de Simões Filho e Candeias. Em diversos bairros da capital bandidos já explodiram terminais eletrônicos ou assaltaram as instituições financeiras. O último caso, em Salvador, aconteceu na quarta-feira (07), quando homens armados invadiram um supermercado no IAPI e explodiram um terminal. O delegado adjunto do Depom informou que não poderia dar mais detalhes sobre operações da delegacia para coibir este tipo de ação. O Aratu Online tentou, por dois dias, entrar em contato com a diretora do departamento, Maria Fernanda Porfilio, mas não foi atendido.
Henrique Morais destaca ainda que “a facilidade de encontrar explosivos faz os bandidos migrarem para esse tipo de roubo qualificado”. O controle desse tipo de material é feito pelo Exército. O Aratu Online também entrou em contato com o órgão, mas não obteve também nenhuma resposta. “As quadrilhas agem por regiões. No fim do mês de novembro conseguimos prender uma especializada em ataques a bancos na região de Feira de Santana e esse tipo de crime naquela região abaixou para quase zero”, conclui Henrique Morais.
Com o cruzamento de dados do Sindicato dos Bancários da Bahia, o Aratu Online listou as cidades que não sofreram algum ataque a banco registrado. Entre os motivos para que estes municípios tenham ficado imunes estão falta de agências bancárias, localizações que não são estratégicas, entre outros. Confira: