Fonte Nova: 18 anos após a tragédia que marcou o futebol baiano
18 anos após o que era para ser uma festa histórica na Arena Fonte Nova, transformou-se em uma das maiores tragédias já registradas no esporte nacional
Por Rosana Bomfim.
Há 18 anos, uma das datas mais felizes para a torcida do Esporte Clube Bahia terminou com um triste fim. Após dois anos na Série C, o tricolor baiano conquistava o acesso à segunda divisão do futebol brasileiro em uma partida decisiva contra o Vila Nova. O que era para ser uma festa histórica, porém, transformou-se em uma das maiores tragédias já registradas no esporte nacional.

Tragédia que marcou o futebol brasileiro
Minutos após o apito final, enquanto milhares de torcedores comemoravam nas arquibancadas da antiga Fonte Nova, parte da estrutura de concreto do anel superior do estádio cedeu. Um buraco se abriu na arquibancada, provocando a queda de dezenas de pessoas de uma altura aproximada de 20 metros.
O colapso estrutural expôs falhas graves na conservação do estádio e revelou a fragilidade de instalações esportivas antiga.

Sete torcedores perderam a vida naquele dia: Márcia Santos Cruz, Jadson Celestino Araújo Silva, Milena Vasquez Palmeira, Djalma Lima Santos, Anísio Marques Neto, Midiã Andrade Santos e Joselito Lima Jr. Seus nomes tornaram-se símbolos de um episódio que marcou profundamente a cidade de Salvador, o Bahia e todo o país.
As cenas de desespero, o trabalho intenso das equipes de resgate e a comoção que tomou conta do Brasil expuseram a urgência de mudanças estruturais no esporte. A tragédia levou ao fechamento imediato da antiga Fonte Nova e, anos depois, à construção da moderna Arena Fonte Nova, inaugurada para a Copa do Mundo de 2014.
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Hoje, a página oficial do Esporte Clube Bahia, resumiu o peso da data em uma frase que se tornou símbolo de memória e respeito: “Mais um 25 de novembro. E nunca vamos esquecer. Desde 2007 temos 2 estrelas no peito e 7 brilhando no céu. Anísio, Djalma, Jadson, Joselito, Márcia, Midiã, Milena.”
Dezoito anos após o acidente, o episódio segue vivo na memória de familiares, torcedores e de todos que acompanharam aquele domingo que deveria ter sido de celebração. O acesso conquistado em campo perdeu espaço para a triste lembrança de vidas interrompidas e para a reflexão sobre a segurança em espaços públicos.
A data permanece como um marco doloroso, lembrado não apenas pelo futebol, mas por toda a sociedade brasileira — um lembrete de que nenhuma festa esportiva deve custar vidas.
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