Ataque de organizada do Palmeiras a torcedores do Cruzeiro deixa um morto e 17 feridos
De acordo com a PRF, dois coletivos foram incendiados durante a briga, e pelo menos sete cruzeirenses sofreram traumatismo craniano
Um torcedor do Cruzeiro morreu e 17 ficaram feridos após sofrerem uma emboscada pela torcida do Palmeiras, na madrugada deste domingo (27/10). A vítima foi identificada como José Victor Miranda, de 30 anos
Após o ataque, José Victor chegou receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos. Um dos atingidos sofreu um disparo de um revólver na região do abdômen, mas não corre risco de morte. Ao menos 120 pessoas estariam envolvidas no confronto que, além da arma de fogo, foi municiada por barras de madeira e de ferro, segundo estimativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Torcedores do clube mineiro voltavam de ônibus após uma partida contra o Athletico Paranaense, em Curitiba, quando foram interceptados na Rodovia Fernão Dias, altura de Mairiporã, por palmeirenses, que retornavam de um jogo contra o Fortaleza, em São Paulo.
De acordo com a PRF, dois coletivos foram incendiados durante a briga, e pelo menos sete cruzeirenses sofreram traumatismo craniano. Os feridos foram encaminhados ao Hospital Anjo Gabriel, e para a unidade hospitalar de Franco da Rocha.
O SBT News teve acesso a imagens que mostram pelo menos três vítimas cobertas de sangue, desacordadas ou desorientadas após sofrerem as agressões que teriam sido realizadas pela torcida organizada Mancha Alvi Verde, do Palmeiras.
A Arteris, concessionária que administra a via, precisou interditar a pista por mais de uma hora por falta de segurança.
Até o momento, ninguém foi preso. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi questionada e respondeu que a Polícia Civil investiga o caso.
"De acordo com informações preliminares, torcedores do Cruzeiro sofreram uma emboscada de torcedores organizados do Palmeiras. O boletim de ocorrência está em elaboração pela Delegacia de Mairiporã, que requisitou perícia ao local. Mais informações serão fornecidas ao término do registro", disse a SSP.
Em nota, o Cruzeiro lamentou o episódio de violência e afirmou que "precisamos dar um basta a esses atos criminosos".
O clube paulista também repudiou as cenas de violência e declarou que o "futebol não pode servir como pano de fundo para brigas e mortes. Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor".
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) informou, também em nota, que vai investigar o caso, e classificou a violência como "cenas de selvageria", "sendo inaceitável e uma grave afronta à segurança pública e a convivência pacífica em sociedade". Para a investigação, o MPSP destinou o Grupo de Atuações Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) pelas evidências de que torcidas organizadas atuam como facções criminosas.
Com informações do SBT News
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