Seleções deixam o gramado após ofensas racistas em amistosos
Atletas da Nova Zelândia e da Irlanda Sub-21 recebem ofensas de cunho racista em seus respectivos jogos e equipes resolvem abandonar partida
Reprodução
Dois amistosos de futebol realizados na última segunda-feira (19/6) foram abandonados por conta de insultos racistas sofridos por atletas da Nova Zelândia e Irlanda, que participavam das partidas contra Catar e Kuwait, respectivamente.
No primeiro caso, na cidade austríaca de Ritzing, a Nova Zelândia derrotava o Catar por 1 a 0 até que Michael Boxall, zagueiro neozelandes de origem samoana, foi insultado por um atleta catari. De acordo com a equipe, nenhuma providência da arbitragem foi tomada e o selecionado da Oceania abandonou a partida.
“Michael Boxall foi racialmente abusado durante o primeiro tempo do jogo por um jogador catari. Nenhuma ação oficial foi tomada, então o time concordou em não voltar para o segundo tempo da partida”, postou a Federação da Nova Zelândia em suas redes sociais.
Em resposta as acusações da Nova Zelândia, o treinador do Catar - o português Carlos Queiroz - afirmou em entrevista que a atitude dos adversários foi precipitada e a FIFA deveria abrir uma investigação sobre a atitude de abandono dos neozelandeses.
"O árbitro não foi ouvido, os técnicos não foram ouvidos. Foi só uma discussão entre dois jogadores. Acho que é uma nova história, um novo capítulo na história do futebol, que é, claro, algo que ninguém consegue entender. Vamos deixar que as autoridades do futebol decidam o que vai acontecer com esse amistoso. Acho que esse caso vai estar sob observação da Fifa, com certeza", completou.
Irlanda abandona partida em amistoso sub-21
Outro caso de insultos racistas também acabou em abandono de uma das equipes nesta segunda (19). Jogando na Eslovênia, a equipe sub-21 da Irlanda deixou o amistoso contra o Kuwait, alegando que um atleta do país árabe proferiu ofesas contra um jogador do selecionado europeu.
https://twitter.com/IrelandFootball/status/1670837637886754842?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1670837637886754842%7Ctwgr%5E36738d58e6e7fd6076a63a0d0dde601a8e891577%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fd-3142558333498513715.ampproject.net%2F2305252018001%2Fframe.html
A Federação Irlandesa (FAI) lamenta anunciar que o jogo internacional Sub-21 de hoje contra o Kuwait foi abandonado depois que um comentário racista foi feito por um jogador do Kuwait a um de nossos substitutos. A FAI não tolera qualquer racismo em relação a nenhum de nossos jogadores ou funcionários e relatará este assunto sério à FIFA e à UEFA.
Em defesa de seus atletas, o Kuwait alegou que o jogo foi interrompido para "proteger os atletas".
Jarrah Al-Ateeqi, diretor da seleção olímpica de futebol do Kuwait, disse que o amistoso com a Irlanda, disputado esta tarde na Eslovênia, não foi concluído devido à aspereza e tensão excessiva entre os jogadores. Al-Ateeqi explicou que a partida parou aos 70 minutos para proteger os jogadores de lesões, até porque o principal objetivo da partida é o manter os jogadores ativos antes da conclusão do retorno ao país. O dirigente do elogiou a disciplina e o empenho dos jogadores ao longo do estágio, que se insere no programa de preparação para a participação nas eliminatórias do Campeonato Asiático Sub-23.
Até o presente momento, a FIFA não se pronunciou sobre os dois casos.
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No primeiro caso, na cidade austríaca de Ritzing, a Nova Zelândia derrotava o Catar por 1 a 0 até que Michael Boxall, zagueiro neozelandes de origem samoana, foi insultado por um atleta catari. De acordo com a equipe, nenhuma providência da arbitragem foi tomada e o selecionado da Oceania abandonou a partida.
“Michael Boxall foi racialmente abusado durante o primeiro tempo do jogo por um jogador catari. Nenhuma ação oficial foi tomada, então o time concordou em não voltar para o segundo tempo da partida”, postou a Federação da Nova Zelândia em suas redes sociais.
Em resposta as acusações da Nova Zelândia, o treinador do Catar - o português Carlos Queiroz - afirmou em entrevista que a atitude dos adversários foi precipitada e a FIFA deveria abrir uma investigação sobre a atitude de abandono dos neozelandeses.
"O árbitro não foi ouvido, os técnicos não foram ouvidos. Foi só uma discussão entre dois jogadores. Acho que é uma nova história, um novo capítulo na história do futebol, que é, claro, algo que ninguém consegue entender. Vamos deixar que as autoridades do futebol decidam o que vai acontecer com esse amistoso. Acho que esse caso vai estar sob observação da Fifa, com certeza", completou.
Irlanda abandona partida em amistoso sub-21
Outro caso de insultos racistas também acabou em abandono de uma das equipes nesta segunda (19). Jogando na Eslovênia, a equipe sub-21 da Irlanda deixou o amistoso contra o Kuwait, alegando que um atleta do país árabe proferiu ofesas contra um jogador do selecionado europeu.
https://twitter.com/IrelandFootball/status/1670837637886754842?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1670837637886754842%7Ctwgr%5E36738d58e6e7fd6076a63a0d0dde601a8e891577%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fd-3142558333498513715.ampproject.net%2F2305252018001%2Fframe.html
A Federação Irlandesa (FAI) lamenta anunciar que o jogo internacional Sub-21 de hoje contra o Kuwait foi abandonado depois que um comentário racista foi feito por um jogador do Kuwait a um de nossos substitutos. A FAI não tolera qualquer racismo em relação a nenhum de nossos jogadores ou funcionários e relatará este assunto sério à FIFA e à UEFA.
Em defesa de seus atletas, o Kuwait alegou que o jogo foi interrompido para "proteger os atletas".
Jarrah Al-Ateeqi, diretor da seleção olímpica de futebol do Kuwait, disse que o amistoso com a Irlanda, disputado esta tarde na Eslovênia, não foi concluído devido à aspereza e tensão excessiva entre os jogadores. Al-Ateeqi explicou que a partida parou aos 70 minutos para proteger os jogadores de lesões, até porque o principal objetivo da partida é o manter os jogadores ativos antes da conclusão do retorno ao país. O dirigente do elogiou a disciplina e o empenho dos jogadores ao longo do estágio, que se insere no programa de preparação para a participação nas eliminatórias do Campeonato Asiático Sub-23.
Até o presente momento, a FIFA não se pronunciou sobre os dois casos.
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