Prefeito de Cruz das Almas é processado após insultos racistas: 'Nigrinha'
Prefeito de Cruz das Almas usou expressão "nigrinha de ponta de rua" para atacar deputado
Por Da Redação.
O prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro (Republicanos), se referiu ao deputado Robinson Almeida com termos pejorativos, como “nigrinha de ponta de rua”. As ofensas pessoais e políticas proferidas por Ribeiro contra o petista ocorreram durante entrevista à Rádio Excelsior Recôncavo na última quinta-feira (26).
“Essas falas ultrapassaram todos os limites da civilidade e da legalidade. Não é aceitável que um representante público use de ataques racistas, caluniosos e ofensivos para tentar desviar o foco do debate político. Não me calarei diante disso”, afirmou Robinson Almeida.
Além das ofensas já citadas, o prefeito também atacou a credibilidade de Robinson, chamando-o de "João ninguém", "fofoqueiro" e "mentiroso". Essas declarações ocorreram no contexto de uma disputa sobre a aprovação de um empréstimo de R$ 60 milhões solicitado pelo Executivo à Câmara de Vereadores, no qual o deputado teria alegado a propagação de fake news por parte do prefeito.
O Processo Judicial
O deputado, que não deixou de reagir às agressões, ajuizou um processo contra o prefeito com base em três crimes previstos no Código Penal: Calúnia (Art. 138), Difamação (Art. 139) e Injúria (Art. 140). Além disso, o processo inclui a acusação de Calúnia Eleitoral (Art. 324 do Código Eleitoral), por supostamente tentar manchar a imagem do parlamentar com uma falsa acusação de crime eleitoral.
Um dos pontos centrais do processo é a expressão "nigrinha de ponta de rua", utilizada por Ednaldo Ribeiro, o que coloca o prefeito na mira da justiça por injúria racial, um crime considerado inafiançável e imprescritível, conforme esclareceu o deputado Robinson Almeida.
Em suas declarações, o parlamentar deixou claro que o processo não se trata apenas de defender sua honra pessoal, mas também de uma luta contra a violência verbal, desinformação e o racismo institucionalizado na política. “O debate de ideias é saudável. Ataques pessoais e calúnias, não. Racismo, muito menos”, destacou Robinson.
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