Aratu On Explica: Para que serve o Teste do Pezinho?

Realizado em bebês recém-nascidos, o Teste do Pezinho é obrigatório e gratuito no Brasil desde 1992, conforme a Lei Federal n° 11.605/2007), e tem até um dia dedicado só para ele no calendário nacional (6/6). Mas você sabe para quê ele serve? O Aratu On Explica para você!

https://youtu.be/_2I0iaw8wyo

O teste do pezinho é importante para detectar, precocemente, doenças metabólicas, endocrinológicas e infecciosas que não se manifestam de imediato, ou então se manifestam com poucos sintomas quando o bebê nasce. As mais frequentes são o hipotireoidismo congênito e a doença falciforme, que juntas perfazem uma média de 77% dos casos diagnosticados.

A recomendação das autoridades de saúde é que o procedimento seja feito entre o terceiro e o sétimo dia de vida da criança. Na ocasião, o profissional de saúde colhe gotinhas de sangue do calcanhar do recém-nascido para análise em laboratório.

Com o diagnóstico precoce, o tratamento também pode começar mais cedo, melhorando a qualidade de vida do bebê e trazendo conforto para quem cuida, como explica a médica de saúde da família do 5º Centro de Saúde, na capital baiana, Malu Peixoto: "Quando a doença é descoberta de forma mais tardia, a doença já pode ter causado danos irreversíveis", declara.

Em Salvador, o teste do pezinho é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Detecção de doenças

Com o teste é realizada a triagem. Se o resultado do teste do pezinho estiver alterado, a família e o ponto de coleta são contatados pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) e o bebê é reconvocado para fazer novos exames, que podem confirmar ou excluir a doença para a qual a triagem foi alterada. Os casos são acompanhados na Atenção Especializada do SUS, através da Rede de Atenção à Saúde – RAS / Rede Cegonha e a Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência.

Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN)

O teste do pezinho é o nome popular do PNTN, programa de rastreamento populacional que tem como objetivo geral identificar distúrbios e doenças no recém-nascido, em tempo oportuno, para intervenção adequada. Um dos indicadores utilizados para quantificar a abrangência do Programa é o indicador cobertura, que para o ano de 2017 foi 83,98%. O cálculo desse indicador é realizado a partir da população de nascidos vivos registrada no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e não engloba os exames realizados na rede privada.

Com informações do Ministério da Saúde

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