Leo Santana celebra 20 anos de carreira: 'Sonho de um moleque da comunidade'
Leo Santana se apresentará nesta quinta-feira (20) no Comércio, em celebração ao Dia da Consciência Negra, quando gravará DVD para celebrar duas décadas de estrada na música
Por, Juana Castro e Matheus Caldas.
Um filme passa pela cabeça de Leo Santana. De um “moleque sonhador da comunidade”, como ele mesmo se classifica, a líder das paradas de sucesso: o cantor comemora duas décadas de carreira neste ano e, nesta quarta-feira (19), na véspera do show no qual celebrará a marca, o pagodeiro abriu o coração.
Em entrevista coletiva, Leo Santana se diz “completamente realizado” ao refletir sobre os 20 anos de carreira. “Me sinto realizado em todos os sentidos: como pai, marido. “Pude ter a benção de receber a bênção dos meus pais, viver o sucesso do filho, meu pai ainda em vida pôde viver isso. Minha mãe continua, com 71 anos”, rememora.
Dos vocais da banda Pegada de Gueto, com 16 anos, passando pelo Parangolé e, então, a carreira solo: Leo Santana conta que, mesmo diante desta trajetória, permanece “insaciável”. “Sou incansável e sempre digo isso de forma lúdica, mas muito sério o que faço – porque amo trabalhar, criar projetos, estar na estrada, no estúdio, no palco”, destaca.
O GG se apresentará nesta quinta-feira (20) no Comércio, em celebração ao Dia da Consciência Negra. Na ocasião, o artista gravará o projeto audiovisual para demarcar as duas décadas de estrada. “Vem o lado mais profissional daquele moleque até então sonhador, de uma comunidade. Quem é de comunidade sabe. As chances são muito menores. Conseguir um feito como eu estou fazendo ao longo desses 20 anos é de uma grande realização, não só para mim, mas a todos que envolvem isso e que me veem como inspiração”, comemora.

Rebolation mudou vida de Leo Santana
No Parangolé, o cantor já tinha emplacado alguns dos principais hits do Brasil, como “Sou Favela”, “Balacobaco” e “Madeira de Lei”. Ele, no entanto, elegeu a canção “Rebolation” como ponto de virada na trajetória musical. “Eu venho de uma era que era rádio, TV e CD físico. Me orgulho de falar disso, por mais que pareça um coroa já [risos]. O Rebolation, mesmo antes dela, fui para programas de televisão cantando Balacobaco, Sou Favela, e a gente não tinha acontecido para o Brasil”, recorda.
Ele diz que, neste período, as pessoas passaram a confundir o nome dele com o da música. “Nunca consigo esquecer das pessoas me verem na rua e me chamarem de Rebolation. Teve um momento que me chateei e falava que tinha outros trabalhos também, mas era necessário isso acontecer para as pessoas entenderem o que era a história do Leo Santana antes do Rebolation até o pós”, conclui.

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