IA reconstrói rostos de pessoas escravizadas em exposição no Shopping da Bahia
Exposição no Shopping da Bahia recria rostos de pessoas escravizadas, por meio do Arquivo Público do Estado da Bahia, com IA
Por Laraelen Oliveira.
Através do uso de Inteligência Artificial, 40 imagens foram criadas com base em documentos históricos de pessoas escravizadas e libertas, como passaportes, livros de notas de compra e venda de escravizados, inventários, cartas de alforria, títulos de residência a africanos libertos, e intensa pesquisa do Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), instituição gerida pela Fundação Pedro Calmon (FPC/Secult-BA). A Exposição Fragmentos de Memória, que reconstrói rostos de pessoas escravizadas com o uso de IA, vai estar aberta ao público entre os dias 6 e 30 de novembro no segundo piso do Shopping da Bahia, em Salvador.

O projeto segue referências de ações pioneiras, como as do Grupo Direito à Memória e do Arquivo Público do Estado de São Paulo, que usaram a Inteligência Artificial para recriar imagens que apresentassem mais dignidade. A proposta além de dar rostos às descrições documentais de pessoas escravizadas e libertas, ela acrescenta voz, transformando os registros burocráticos em monólogos poéticos recitados por personalidades negras brasileiras. A fusão de história, tecnologia e arte tem o objetivo de representar um ato simbólico, rompendo o silêncio imposto pelo cativeiro para resgatar a humanidade e a memória da ancestralidade baiana.
Etapas da exposição no Shopping da Bahia
O projeto foi assinado pelo diretor do Arquivo Público do Estado da Bahia, Jorge X e em conjunto com a Coordenação de Preservação Documental de Adauto Silva, a exposição é um convite para refletir sobre de preservar e honrar as memórias de 388 anos de escravidão.
Durante a pesquisa, foi feito um levantamento arquivístico nos 20 fundos custodiados no APEB, uma digitalização dos documentos selecionados, transcrições paleográficas, levantamentos iconográficos, abrangendo desde dados interpretados, pesquisas acadêmicas e trabalhos visuais como o do Jean-Baptiste Debret (1816-1831) e as fotografias de Marc Ferrez, além de gravuras, álbuns de viajantes e acervos privados, tudo isso visando catalogar trajes, cenários, adereços e marcadores visíveis. Por fim, a criação de comandos (prompts) que integram dados documentais e visuais, alimentando modelos generativos utilizados para a elaboração final dos retratos.

Por fim, a criação de comandos (prompts) que integram dados documentais e visuais, alimentando modelos generativos utilizados para a elaboração final dos retratos.
“Fragmentos da Memória é uma entrega que reflete a importância dos nossos pesquisadores, da preservação da história para que direitos sejam garantidos, que a reparação aconteça e é um excelente exemplo de como a tecnologia quando bem utilizada, produz resultados de extrema relevância social, cultural e educacional.”, afirma o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Sandro Magalhães.
“Este projeto transforma documentos frios em rostos cheios de histórias. É um ato de justiça simbólica. “A memória é um importante instrumento para lembrar, mas, sobretudo para não esquecer“, complementa o diretor do APEB, Jorge X.
Fragmentos da Memória também é resultado de parcerias estratégicas com o ateliê Memória & Arte, coordenado pela Dra. Vanilda Salignac de Sousa Mazzoni, a colaboração de Geovane Gomes Co, conhecido como "Bombyeck", da linhagem Djagra do povo Pepél, que habita a zona norte até o centro da capital Bissau, responsável pelo Departamento Cultural do Fórum dos Estudantes Guineenses em São Francisco do Conde.
A exposição conta com as parcerias do Shopping da Bahia, Instituto Íris e a Empresa Gráfica da Bahia (EGBA).

Veja formas de se adaptar e profissionalizar com auxílio da IA
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