Candomblé Elétrico: arte mecânica mostra religião sob nova ótica e ganha redes sociais

Por Lucas Pereira.

Candomblé Elétrico: arte mecânica mostra religião sob nova ótica e ganha redes sociais Com mais de 70 anos, o Candomblé Elétrico é patrimônio cultural da Ituberá. Foto: Instagram

Uma obra de arte mecânica voltou a ganhar destaque nas redes sociais pela beleza peculiar e engenhosidade: o 'Candomblé Elétrico', do artista Braz Souza. Criada em 1950, a obra que faz 75 anos em 2025 ganhou as redes sociais após um post feito durante o Festival Universo Paralello, na cidade de Ituberá. O Aratu On foi saber mais informações sobre a arte mecânica que representa uma das principais religiões do país.

 

Candomblé Elétrico

Atual responsável pelo equipamento, o ex-superintendente de cultura de Ituberá, Fawaz Abdel, contou mais sobre a história do Candomblé Elétrico. Ao Aratu On, ele afirmou que a obra rodou o país com seu criador, Braz, e que gente importante da história do Brasil parou para admirar os movimentos da dança mecânica.

“Braz saiu daqui ainda bem jovem, trabalhando em um circo, com o qual ele foi para outros estados. Como as pessoas perguntavam como era o candomblé e cansado de explicar, ele resolveu fazer uma representação de uma festa de terreiro, que é o ‘Candomblé Elétrico’. Com esses bonecos, ele rodou o país e, em 1953, chegou até a Estação Ferroviária Central do Brasil, no Rio, onde até Getúlio Vargas foi ver”, revelou.

A obra foi criada nos anos 50, pelo artista Braz Souza, e seguem em operação. Foto: Acervo Candomblé Elétrico

Em 1996, Fawaz recuperou a obra para a cidade de Ituberá, enquanto era diretor de cultura no município. Com algumas reformas, a festa no terreiro mecânico voltou a acontecer e, desde então, a obra é exposta em festivais no Baixo Sul Baiano e até mesmo no Universo Paralello.

“O Festival tem uma característica que não é apenas a música eletrônica. Eles se denominam também como festival de cultura e arte. E no espaço ‘Circulou’, a gente sempre se apresenta há umas 11, 12 edições”, contou Fawaz.

O Universo Paralello acontece desde 2000, na Praia de Pratigi, em Ituberá e dura sete dias, com música eletrônica, arte e cultura alternativas, além de uma imersão na natureza.

Com 23 bonecos dançantes e trajados com vestes típicas do candomblé, a obra, que é patrimônio cultural da cidade, por meio dos acessórios usados e as expressões dos bonecos, busca representar a essência dos rituais religiosos.

Desde 1996, Fawaz é responsável pela gestão do "Candomblé Elétrico". Foto: Prefeitura de Ituberá

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