Após agressão, estudantes de Veterinária da Ufba terão aulas online
A decisão foi tomada durante uma reunião realizada na segunda-feira (27), e afetará apenas os calouros e os alunos matriculados nessas disciplinas
Fonte: Da Redação
Após casos de violência envolvendo dois estudantes na Universidade Federal da Bahia (Ufba), registrado na última quinta-feira (23), a Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia (Emevz) anunciou, em nota, que as próximas aulas e avaliações das disciplinas do primeiro semestre da grade curricular serão realizadas de forma online.
A decisão foi tomada durante uma reunião realizada na segunda-feira (27), e afetará apenas os calouros e os alunos matriculados nessas disciplinas.
O incidente ocorreu quando um aluno do curso de Medicina Veterinária, identificado como Lucas, agrediu uma colega com uma máquina de barbear. | Foto: Reprodução/TV Aratu
"Essa decisão afetará apenas os calouros e os discentes matriculados nessas disciplinas. Ressaltamos que todos os trâmites de natureza criminal e administrativa estão sendo conduzidos de maneira confidencial pelas instâncias responsáveis", informou a Emevz em comunicado.
A instituição também reforçou o compromisso com a segurança da comunidade acadêmica e com a minimização de impactos no aprendizado dos estudantes. “Reiteramos nosso compromisso em garantir a segurança de todos e em minimizar impactos no conteúdo e aprendizado dos alunos", completou a nota.
O incidente ocorreu quando um aluno do curso de Medicina Veterinária, identificado como Lucas, agrediu uma colega com uma máquina de barbear, na tentativa de raspar o cabelo dela. A estudante, que não teve o nome divulgado, reagiu utilizando spray de pimenta para se defender. O caso está sendo investigado pelas autoridades competentes, e os procedimentos criminais e administrativos seguem em sigilo.
A medida de adotar aulas online visa garantir a segurança dos estudantes enquanto o caso é apurado. A UFBA e a Emevz não divulgaram mais detalhes sobre o incidente ou o estado de saúde dos envolvidos. A universidade reforçou que está tomando as providências necessárias para assegurar um ambiente seguro e acolhedor para toda a comunidade acadêmica.
Entenda o caso
Um estudante da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador, calouro do curso de Medicina Veterinária, está sendo acusado de ameaçar e assediar colegas de turma. Testemunhas contam que o aluno, identificado como Lucas, teria dirigido ofensas e ameaças a um grupo de estudantes, incluindo uma mulher, que se tornou alvo de perseguição diária e chegou a ter parte do cabelo raspado por ele.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que, supostamente, o agressor ameaçou a vítima com uma máquina de barbear dentro da universidade. Depois, a estudante mostra que ele conseguiu raspar a parte da frente do cabelo dela. Nas imagens, é possível ver que, após a confusão, seguranças da instituição foram acionados.
Um estudante da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador, calouro do curso de Medicina Veterinária, está sendo acusado de ameaçar e assediar colegas de turma. | Foto: Divulgação
Entre as principais acusações contra o aluno estão o envio de mensagens agressivas a estudantes e professores e o uso de palavras de baixo calão.
Segundo apuração do programa Alô Juca, o conflito teria começado após uma discussão durante uma aula, em novembro do ano passado. Depois disso, o homem passou a publicar ofensas contra a colega nas redes sociais, chamando-a de "cotista" de forma pejorativa, além de comentários desrespeitosos sobre um professor.
Em meio às tensões, o suspeito registrou um boletim de ocorrência alegando homofobia, mas os colegas negam a acusação. À TV Aratu, estudantes disseram que o colegiado do curso de Medicina Veterinária chegou a oferecer suporte aos alunos, mas o suspeito continuou com a perseguição. Em resposta, a vítima solicitou uma medida protetiva.
O que diz o acusado
Lucas Dantas, de 26 anos, alega que é perseguido por um grupo de colegas de Medicina Veterinária. Segundo o calouro, a aluna que teve o cabelo raspado é quem teria começado a situação por meio de xingamentos homofóbicos contra ele, a partir de uma confusão em sala de aula, em novembro do ano passado. Na ocasião, ela teria dito “p** no c*, seu viadinho”.
“Essa situação com ela gerou uma antipatia da turma contra mim, nas quais tomaram proporções grandes. Eu fazia perguntas em sala de aula e era agredido”, contou, em entrevista ao Aratu On na última sexta-feira (24).
O rapaz disse ainda que a colega espalhou o boato de que havia sido violentada sexualmente por ele, e que ele só descobriu após ouvir a história por outras pessoas. A situação registrada na última quarta (23) - em que ele raspou o cabelo da colega - aconteceu após ele tirar satisfações com a garota.
Lucas afirmou que a jovem borrifou spray de pimenta nele, que tentou se defender com um barbeador elétrico que estava na mochila, usado para defesa pessoal. “Eu já estava totalmente desarmado e ela secou o spray de pimenta em mim. Eu estava indefeso, e não conseguia mais abrir os olhos”. Ele ainda conta que teria sofrido queimaduras por causa do produto químico.
Após o ocorrido, Lucas teria sido retirado pelos seguranças da Ufba e seguiu para a 7ª Delegacia, onde prestou queixa. Com a confusão, uma prova que estava marcada para o dia foi cancelada por uma professora.
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