Dólar dispara, chega a R$ 6,20 e atinge a maior marca do ano
Ao bater os R$ 6,20, a cotação do dólar atingiu a maior marca do ano
Para conter a valorização do dólar, o Banco Central (BC) realizou nesta terça-feira (17) um novo leilão extraordinário de dólares no mercado à vista, no valor de US$ 1,272 bilhão, com a taxa de R$ 6,1005. Apesar disso, a cotação da moeda americana atingiu a maior marca do ano, chegando a R$ 6,20, por volta das 12h16.
Essa foi a terceira intervenção do BC no mercado de câmbio nos últimos dias, após vendas de US$ 845 milhões na sexta-feira (13) e US$ 1,623 bilhão na segunda-feira (16). O objetivo das ações é reduzir a pressão sobre o valor da moeda, que tem registrado uma sequência de altas. Para analistas do mercado, o movimento reflete as incertezas em torno do pacote de corte de gastos, que está sendo considerado enfraquecido na Câmara dos Deputados.
O leilão desta terça-feira ocorreu após o dólar abrir o dia em forte alta, atingindo R$ 6,16. No entanto, após a intervenção do BC, a moeda recuou para R$ 6,09, marcando a mínima do dia. Contudo, a cotação voltou a subir, e, por volta das 10h20, o dólar estava em R$ 6,16, com uma alta de 1,14%. Às 12h16, a moeda americana atingiu sua máxima do dia.
Com o comportamento da moeda nesta terça-feira, o dólar acumula uma alta de 1,56% no mês e 25,59% no ano. Em comparação com outras moedas de mercados emergentes, o real tem sido o mais desvalorizado, refletindo as tensões fiscais e o cenário político interno.
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Desde a última quinta-feira (12), o BC injetou mais de US$ 10 bilhões no mercado de câmbio, realizando seis intervenções. Mesmo com os esforços, a moeda americana continua subindo, evidenciando o nervosismo dos investidores quanto à estabilidade econômica e política do país.
Dólar e Ata do Copom
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou nesta terça-feira (17) a ata da última reunião, na qual decidiu aumentar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual. Segundo o colegiado, o agravamento da inflação no curto e médio prazo exige uma postura mais firme e ágil na política monetária. Em outro trecho do documento, os diretores destacaram que os riscos econômicos, como os impactos do pacote fiscal, afetaram os preços dos ativos e as projeções de inflação e câmbio, afastando ainda mais as expectativas da meta estabelecida.
Além disso, o Copom observou que impulsos fiscais e de crédito têm amenizado os impactos da política monetária, mas também indicaram sinais de desaceleração da atividade econômica futura. A combinação desses fatores tornou o cenário econômico mais desafiador, reforçando a necessidade de ajustes mais rigorosos nas taxas de juros para controlar a inflação.
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