Bruno Reis justifica reajuste de 25% do próprio salário: 'Impacta outros trabalhadores'
Bruno Reis se refere a trechos da Lei Orgânica do Município que definem regras para os reajustes salariais de cargos com altas remunerações, como procuradores-gerais ou auditores
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), justificou o reajuste de 25% no próprio salário, marcado para ser votado na sessão ordinária desta terça-feira (17) da Câmara Municipal, às 14h30. A medida é válida, ainda, para a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT) e secretários municipais. Os vereadores terão aumento de 6%.
“O salário do prefeito impacta nos salários de diversos outros trabalhadores da prefeitura. Não só dos secretários, mas, também, dirigentes, vereadores, auditores, de uma série de colaboradores que estão há oito anos sem reajuste”, justificou o prefeito, em coletiva de imprensa, durante a inauguração da Bebeteca Antirracista, em Periperi.
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— Aratu On (@aratuonline) December 17, 2024
Bruno Reis se refere a trechos da Lei Orgânica do Município, uma espécie de Constituição municipal, que definem regras para os reajustes salariais de cargos com altas remunerações, como procuradores-gerais ou auditores.
Os procuradores de primeira e segunda classe, por exemplo, só podem ganhar, respectivamente, 50% e 45% do salário do prefeito, atualmente fixado em R$ 25.322,25. Com o projeto enviado à Câmara Municipal, a remuneração de Bruno deve chegar a cerca de R$ 31,6 mil. Com isto, estes cargos devem ter readequação salarial para cerca de R$ 15 mil.
O prefeito alega que houve pressão para que ele praticasse, no projeto, o reajuste de acordo com a inflação dos oito anos em que não houve reajuste. Ele, contudo, optou pela correção inflacionária de quatro anos. “Não poderia cometer essa injustiça com todos esses trabalhadores que se dedicam diariamente. Muitos deles, inclusive, concursados, que têm o salário vinculado ao teto do prefeito”, explicou.
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Vereadores em sessão na Câmara Municipal | Foto: Antonio Queirós/CMS
O projeto foi protocolado na última semana pela Mesa Executiva da Câmara. A lógica aplicada ao prefeito deve seguir também com os secretários e com a vice-prefeita. Atualmente, Ana Paula Matos (PDT) e os membros do secretariado recebem R$ 18.991,68 por mês. Com a mudança, devem ter remuneração de cerca de R$ 24,7 mil a partir de 2025.
Os vereadores, por sua vez, recebem, no momento, 24.754,79. Agora, com 6% de reajuste, devem ter à sua disposição em torno de R$ 26,2 mil a cada 30 dias.
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