Prefeito promete revitalização do Vila Velha; teatro está com infiltrações, dívidas e problemas de segurança
O Vila, como é popularmente chamado, deve passar por uma revitalização com apoio da prefeitura de Salvador
Nesta sexta-feira (14/7), o prefeito Bruno Reis visitou o Teatro Vila Velha e prometeu apoiar a revitalização do espaço, que passou mais de dois anos fechado devido à pandemia e vem enfrentando problemas de equipe e infraestrutura. Bruno estava acompanhado de secretários e presidentes de fundações ligadas à prefeitura, além do diretor artístico do espaço, Márcio Meirelles.
No ano passado, Meirelles falou sobre os problemas sofridos pelo teatro. "Tivemos que demitir praticamente toda a equipe, estamos com problemas no sistema de ar-condicionado, no telhado, com muitas infiltrações e, sobretudo com problemas de segurança e de equipe de limpeza", afirmou o diretor artístico em entrevista ao jornal Correio. Na ocasião, Meireles disse que o teatro estava conseguindo pagar as dívidas acumuladas aos poucos.
Nesta sexta-feira, Bruno Reis afirmou que a visita serviu para conhecer as necessidades do espaço e começar a traçar metas para a revitalização. "A ideia é assinar um termo de fomento de parceria, que possa viabilizar recursos para realizar uma grande intervenção e valorizar a importância deste equipamento para nossa cidade".
https://twitter.com/brunoreisba/status/1679951314795520000?s=20
O TEATRO
O Teatro Vila Velha foi inaugurado em 31 de julho de 1964, quatro meses após o Golpe Militar, pela Sociedade Teatro dos Novos, formada por Echio Reis, Sônia Robatto, Carlos Petrovich, Othon Bastos, Thereza Sá e Carmem Bittencourt. Eles romperam com a Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e partiram para a criação de um novo espaço sob a liderança do professor João Augusto.
O Vila acolheu artistas e estudantes perseguidos durante a ditadura, abrigou encontros do movimento estudantil e também foi sede da Anistia Internacional. No teatro foram julgadas e aprovadas as anistias políticas do cineasta Glauber Rocha e do guerrilheiro Carlos Marighella, que o Estado Brasileiro pediu desculpas a suas famílias pelos atos criminosos durante o regime militar.
Além disso, o teatro também foi o primeiro grande palco de artistas como Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Tom Zé e Caetano Veloso. Este último, inclusive, tem feito declarações recentes de que pretende voltar a morar em Salvador e fazer shows no mesmo local onde começou a carreira.
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