Cultura

DIA DO CINEMA NACIONAL: Confira a lista com os maiores orgulhos (e maiores vergonhas) do cinema brasileiro

DIA DO CINEMA NACIONAL: Confira a lista com os maiores orgulhos (e maiores vergonhas) do cinema brasileiro

Por Da Redação

DIA DO CINEMA NACIONAL: Confira a lista com os maiores orgulhos (e maiores vergonhas) do cinema brasileiroDivulgação / Ancine

Neste domingo (19/6), comemora-se o Dia do Cinema Brasileiro. A data foi escolhida porque em 19 de junho de 1898, a bordo do navio Brèsil, o cinegrafista italiano Affonso Segretto filmou sua chegada ao país. Batizado de ?Uma vista da Baia de Guanabara?, este foi o primeiro registro de imagens em movimento em território brasileiro.


Passados 118 anos, e inúmeras produções depois, o cinema nacional brindou o país (e até o mundo) com histórias que ficaram marcadas na mente das pessoas… seja para o bem, seja para o mal.


Por isso, para homenagear o dia, a reportagem do Aratu Online resolveu separar uma lista com as cinco melhores e as cinco piores produções nacionais. Confira as maravilhas do cinema nacional que tanto enchem de orgulho os brasileiros (e quais as produções que mais nos envergonham, tanto aqui quanto lá fora).


Os cinco melhores:



  • Central do Brasil



Não poderíamos deixar de abrir a lista com um dos filmes que mais nos trouxe orgulho no exterior. O longa estrelado pela grande diva do cinema nacional, Fernanda Montenegro, ganhou o Urso de Ouro de Melhor Filme, o Urso de Prata de Melhor Atriz para Fernanda Montenegro e o Prêmio Especial de Melhor Filme do Júri no Festival de Berlim, em 1998. No ano seguinte, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro nos Estados Unidos, o BAFTA, no Reino Unido, o Sapo de Ouro, na Polônia, os prêmios Audiência e Júri Jovem, no Festival de San Sebastian, na Espanha, entre outros. No mesmo ano, foi indicado ao Oscar nas categorias Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz.



  • Cidade de Deus



O longa dirigido por Fernando Meirelles coleciona prêmios de diversos festivais: Cannes, Bafta, Havana, entre outros. Apesar de não ter levado nenhuma estatueta, o filme que retrata o crescimento do crime organizado na Cidade de Deus, uma favela que começou a ser construída nos anos 60, e se tornou um dos lugares mais perigosos do Rio de Janeiro no começo dos anos 80, concorreu em quatro categorias no Oscar de 2004: Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Edição. Foi a produção nacional mais indicada ao principal prêmio do cinema mundial.



  • Tropa de Elite



O filme mais comentado e visto no Brasil em 2007, recebeu o prêmio máximo do Festival de Cinema de Berlim, o Urso de Ouro, e levou também o prêmio de melhor filme no Festival Hola Lisboa, em 2008. Apesar de ter ?vazado? no mercado ilegal, a audiência do filme no cinema foi bastante considerável, só sendo superada pelo seu sucessor ?Tropa de Elite 2?, que é o filme nacional mais assistido da atualidade, com mais de 11 milhões de espectadores.



  • O Pagador de Promessas



O longa de Anselmo Duarte foi o único filme brasileiro a vencedor a Palma de Ouro no Festival de Cannes. O filme de 1962 é considerado um clássico do cinema nacional e ainda se mantêm muito atual ao fazer críticas políticas e religiosas. Além disso, foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, porém perdeu para o francês ?Sempre aos Domingos?.



  • Sinhá Moça



Poucos conhecem a produção, mas este foi o primeiro filme nacional a conseguir um prêmio fora do país. Datado de 1953, o longa de Tom Payne recebeu o Leão de Prata no Festival de Veneza. O filme conta a história de Sinhá Moça (Eliane Lage), filha do Coronel Ferreira (José Policena), que regressa de São Paulo dominada pelos ideais abolicionistas. Em sua viagem de volta conhece Rodolfo Fontes (Anselmo Duarte), filho de um renomado médico de Araruna, abolicionista entusiasta. No primeiro instante os dois jovens sentem-se mutuamente atraídos, porém, logo ela descobre as tendências escravocratas de Rodolfo e trava-se em seu espírito a luta entre seu amor pelo jovem e suas convicções humanitárias.


Mas nem só de flores vive o cinema nacional… conheça agora as cinco produções que mais nos envergonham (e envergonham os atores envolvidos):



  • Cinderela Baiana



O filme foi criado para ser uma cinebiografia da dançarina Carla Perez, mas a produção nacional, hoje, envergonha até a protagonista da história. O filme conta a trajetória de Carla, que venceu uma infância pobre para ganhar fama e sucesso na dança. O filme foi um fiasco de bilheteria nos cinemas e se tornou um clássico ?trash? na internet.



  • O Segredo da Múmia



O filme tinha tudo para ser um sucesso: foi o primeiro filme nacional gravado no Egito e tem no elenco Wilson Grey, Evandro Mesquita e Regina Casé. O único problema do filme é o roteiro, que transtormou o filme em uma pérola do cinema nacional nonsense dos anos 80. Um criado que canta ópera e mata quem se colocar no caminho do patrão e uma múmia serial-killer. Tudo isso rodeado de seios, bundas e todos os elementos típicos de pornochanchadas, se passando no Rio de Janeiro da década de 50. Não poderia ser menos trágico.



  • Lula, Filho do Brasil



O longa de 2009 transformou o que seria a cinebiografia do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva em um produto partidário para as eleições de 2010, que viriam a eleger a sua sucessora e colega de partido Dilma Rousseff. Regado de falhas e com um roteiro furado, que buscava a todo tempo enaltecer a imagem do líder partidário, o filme apresentou um resultado nada razoável nos cinemas: pouco mais de um milhão de expectadores.



  • Inspetor Faustão e o Mallandro



Pense no apresentador Faustão como um feirante, que teria sido designado por Deus (em pessoa!) para ser o “Inspetor Faustão” e acabar com o contrabando de animais. Este ?herói? contaria com a ajuda de Mallandro (sim, o Sérgio), para resolver o caso do desaparecimento do último casal de uma espécie rara de codornas do Pantanal, cujos ovos são contrabandeados por possuírem propriedades afrodisíacas. Não poderia ser mais trágico, né?!


Pode!  Os ovos contrabandeados são usados de inspiração para Mallandro, o desastrado assistente do inspetor que sonha em ser cantor, criar o ?rap do ovo?.



  • Entre Lençóis



Nem mesmo a beleza inquestionável de Paola Oliveira e Reynaldo Giannechini foram capazes de levar o público para as salas de cinema onde passaram o filme Entre Lençóis. Apesar do diretor ter explorado bastante os corpos dos dois atores (de todos os ângulos possíveis), a história não agradou o expectador. Quase todo o filme se passa em um quarto de motel onde eles conversem sobre os mais diversos temas. O longa teve pouco mais de 130.000 espectadores.


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